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A presidente do Sindimetal Campo Mourão, Maria José do Nascimento, concedeu entrevista ao Boletim da Indústria, onde faz um balanço de sua gestão desde 2011. Maria José passa agora o comando da instituição ao novo presidente Moacir Pereira de Lima, eleito no último dia 22 de janeiro.
Apesar de deixar a presidência, Maria José continuará presente na diretoria do sindicato no cargo de Tesoureira e também como Delegada representante junto à Fiep. Segundo ela, a experiência a frente da entidade foi extremamente rica e ampliou sua condição de auxiliar o crescimento do setor. Confira a entrevista:
Boletim da Indústria – Como a senhora avalia o seu mandato à frente do Sindimetal?
Maria José do Nascimento - Em primeiro lugar, sinto que procurei contribuir da melhor forma que eu pude, dentro de todas as minhas condições, competência e tempo, buscando desenvolver o sindicato, aumentar o número de associados e trazer informações para os empresários da indústria sobre o que está acontecendo, por meio de reuniões mensais e representatividade na Fiep.
Avançamos muito, embora ainda tenha muito a ser feito. Um dos avanços que obtivemos é no número de associados. Passamos de 19 ou 20 associados quando assumimos para mais de 50. Nesses três anos é um crescimento significativo. Elevamos a arrecadação da contribuição sindical em 27%; mesmo com as condições que temos no sindicato onde 95% das empresas associadas são do Simples, ou seja, que não é obrigada a pagar anualmente. É motivo para comemorarmos, sinal que o empresário está entendendo a importância de contribuir para que possamos dar o retorno desse investimento.
Fizemos ainda várias palestras sobre logística reversa, que é assunto de grande preocupação no momento, sobre a NR-12 e outras questões de políticas da segurança no trabalho. Também tivemos forte atuação nas negociações das convenções coletivas.
Boletim da Indústria – Esse foi um momento de avanços. Qual a importância do empresário conhecer o sistema, se associar e participar do sindicato?
Maria José – Sem dúvida um momento de avanço. Hoje eu me sinto mais qualificada como empresária e representante da nossa classe, que é o setor metal-mecânico. Quando cheguei ao sindicato, não sabia diferenciar os papéis das casas Fiep, Sesi, Senai e IEL, e tudo o que a Federação pode oferecer aos empresários. Hoje, posso repassar essas informações e auxiliar os empresários, pois eu convivi e pude entender que ela pode – e é o papel dela – defender os interesses da indústria, e ela está fazendo isso.
Se nós não nos unirmos e não nos fortalecermos, através de uma representatividade, perderemos espaço. Irão aparecendo situações como mudanças nas leis, regulamentações, legislações trabalhistas em que se não estamos presentes na elaboração, no desenvolvimento, depois de estabelecidas precisamos correr atrás do prejuízo para resolver, o que é muito mais complicado. Então precisamos participar e continuar colaborando com o sindicato. É um compromisso e um sentimento que eu tenho, da importância de estarmos ali, juntos, defendendo nosso interesse.
Boletim da Indústria – Em sua opinião, qual o principal desafio enfrentado pelo setor atualmente?
Maria José - Sinceramente, acredito que conseguir produzir e ser competitivo. Porque temos sofrido muito com produtos importados, com impostos altíssimos, dificuldades de mão de obra, e estamos conseguindo, com tudo isso, manter um crescimento.
Então o empresário tem um desafio, se preparar para ser competitivo. Temos uma legislação trabalhista ultrapassada e temos que estar cada dia pressionando mais por mudanças que tornem o mercado mais justo. O grande desafio é: se preocupar com a qualidade técnica, com as condições de segurança necessárias, produzir produtos de qualidade – que o mercado quer e exige – e sermos competitivos para termos um resultado positivo. Esse é o grande desafio, conseguir manter um ambiente favoravel ao desenvolvimento da indústria brasileira.