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O Encontro Anual dos Sindicatos 2014 - VI Jornada de Especialização em Gestão Sindical - discutiu ideias e soluções que podem ser aplicadas nas entidades sindicais com o objetivo de aumentar o associativismo, melhorar o atendimento aos associados, incrementar a gestão sindical e, consequentemente, fortalecer o setor industrial paranaense. Com o tema “Ideias para inovar, exemplos para se inspirar”, o encontro contou com uma programação especial de palestras, apresentação de cases e dinâmicas em grupo.
O evento, realizado entre os dias 11 e 13 de novembro no Sesc Caiobá, teve a presença de 77 sindicatos, totalizando 119 participantes. A abertura contou com a participação do presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo; do diretor do Senai Paraná, Marco Secco; e do superintendente do Sesi Paraná e do IEL, José Antonio Fares. Representantes das federações das indústrias de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, além do presidente da Fecomércio, Darci Piana, também estiveram no encontro.
O gerente da Central de Relações com Sindicatos e Coordenadorias da Fiep, Milton Bueno, destacou a apresentação de cases dentro programação do encontro. De acordo com ele, os relatos de iniciativas que deram certo estimulam os demais executivos a investir ainda mais na gestão sindical. “Procuramos levar os ensinamentos para uma gestão, mas não significa simplesmente que fazer uma gestão possa proporcionar aquilo que se busca, que é o associativismo e a sustentabilidade financeira do sindicato. Estes dois ingredientes fazem com que tenhamos uma entidade fortalecida, juntamente com pessoas capazes e com vontade de crescer”, avaliou.
Para Sandro Márcio Benassi, do SINDIMETAL Apucarana, o encontro foi muito produtivo e irá contribuir com melhorias para o sindicato e associados. “Na palestra sobre a inovação, o assunto foi tratado sob os pontos de vistas técnico e prático. Na palestra do Sesi Paraná conhecemos os produtos que a entidade oferece para atender as demandas dos sindicatos. Outro tema importante discutido no evento foi o uso do BI (Business Intelligence) na gestão de arrecadação que será implantada nos sindicatos e os pontos positivos e negativos na utilização da ferramenta em cada região do Paraná. As mesas-redondas que debateram a gestão sindical eficiente também foram interessantes”, avaliou.
Outro ponto destacado por Benassi no evento foi a palestra sobre o empreendedorismo ministrada por Rosalina Juvenil. Ex-empregada doméstica, ela vende mais de 500 doces por dia e fundou uma cooperativa que produz pão-de-mel. O preparo do doce ajuda as mulheres a contribuírem com a renda familiar. O trabalho é voluntário. “O encontro foi muito bom. Saímos de lá motivados e trouxemos bagagem para implantar novas ações no sindicato”, concluiu.
Cases
O Sivale Apucarana foi um dos 77 sindicatos escolhidos para apresentação de case durante o encontro. A Fiep convidou a secretária-executiva do sindicato, Patrícia de Macedo Papa, para mostrar as ações que fortalecem a indústria do vestuário no norte do Paraná. Para manter as empresas que já estavam associadas, o sindicato fez uma pesquisa de satisfação e expectativas em 2012. Além disso, as indústrias que ainda não estavam ligadas ao Sivale foram abordadas por Patrícia em visitas e reuniões. “A partir da pesquisa de avaliação, entendemos para onde ir e como fazer”, contou.
Patrícia também falou sobre as atividades do Laboratório de Criação de Moda (Lacrimo), desenvolvido em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), instalada na cidade, que aponta tendências do setor. Apenas em 2014, o Lacrimo já realizou oito encontros.
A parceria com as universidades é outro fator que beneficia os associados ao Sivale. Os industriais filiados ao sindicato recebem desconto nas universidades da cidade para cursos de graduação e pós-graduação. Além disso, o Sivale Apucarana promove uma diversidade de capacitações para melhorar o desempenho dos associados em diversas áreas, como gestão, recursos humanos e treinamentos específicos no segmento da moda.
Outro case paranaense mostrado aos participantes foi o Sindimetal Londrina, que aumentou em 500% o número de associados a partir de um trabalho específico para contados com indústrias do setor e associados. Duas horas por dia são dedicadas para a interação com as indústrias.
O Sindibebidas de Minas Gerais também apresentou um case que demonstrou o aumento do número de associados. A estratégia dos mineiros foi focar nas pequenas cachaçarias, que trabalhavam em grande parte na informalidade. Após um grande esforço, o sindicato estabeleceu parcerias e conseguiu reduzir tributos para estas empresas, que só podem ser beneficiadas caso sejam associadas ao sindicato.