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O nível de emprego no setor metalmecânico tem registrado índices negativos e deve continuar desta forma pelo menos até o final deste ano, de acordo com previsão da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Segundo a instituição, até agosto o número de pessoal ocupado está 2,5% abaixo do observado em 2013 e as estimativas são de que a queda se acentue pelo menos até o próximo ano.
Para a Abimaq, a redução está relacionada diretamente à diminuição dos pedidos. Dados fornecidos pela associação indicam que o faturamento bruto do setor no país foi de R$ 5,379 bilhões em agosto, valor 5,5% inferior ao de julho. O número também é 28,7% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2014, a queda é de 16,6% na comparação com 2013.
O economista da Fiep, Roberto Zurcher, explica que a queda no nível de emprego se torna preocupante porque é um indicador de que outras medidas, como reduzir ou parar o investimento, já foram tomadas. “Um conceito que se deve ter em mente é que, na indústria, as demissões são o último recurso que o empresário utiliza para redução de custos. Ele primeiramente tenta baixar todos os outros custos e deixa como última medida o corte de funcionários. Isto porque, para a indústria, o custo de reposição, treinamento e aperfeiçoamento dos funcionários é muito alto”, analisa.
Paraná
No estado, o saldo na contratação de empregos é negativo desde maio, com as demissões superando em cerca de 5,6 mil as contratações até julho. As vendas industriais no Paraná também estão em queda. De acordo com dados da Fiep, os resultados das vendas industriais foram negativos para várias categorias nos primeiros oito meses do ano.
No setor de máquinas e equipamentos, a queda entre janeiro e agosto, em relação ao mesmo período do ano passado, foi de 7%. Já a metalurgia foi o segmento que registrou maior redução: 24,35% no mesmo período. As indústrias ligadas à produção de veículos automotores também diminuíram as vendas industriais em 20% e as indústrias classificadas como produtores de “outros produtos em metal” recuaram 9,42% na mesma comparação.
Para o economista, a recuperação futura dependerá de medidas tomadas pelo governo na economia, mas que, mesmo que implantadas imediatamente, ainda devem demorar alguns meses para refletir-se no mercado. “Estamos prevendo a continuidade da crise até os primeiros meses de 2015. Talvez no final do ano que vem, dependendo das medidas que possam ser adotadas na economia, possa haver uma recuperação tênue da indústria”, afirmou.
Roberto Zurcher comentou que o Paraná conta com algumas vantagens em função da agricultura. “Se tivermos boa safra e uma condição agrícola favorável no estado, com manutenção dos preços internacionais das commodities, será um pouco mais fácil para o Paraná passar por esse período. Mas, de qualquer forma, não é uma situação confortável”, finalizou.