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No último dia 25 de setembro, os sindicatos do setor metalmecânico de todo o Paraná protocolaram na Secretaria de Recursos Hídricos e Meio Ambiente do Paraná (Sema) o Plano de Logística Reversa para o segmento. O documento prevê o sistema que será implantado pela indústria metalmecânica. O trabalho foi desenvolvido com a colaboração do Senai Paraná. Após a aprovação do órgão ambiental, todas as indústrias vinculadas ao setor deverão implementar o plano.
O Plano de Logística Reversa para o setor metalmecânico vem sendo discutido desde novembro de 2012, na ocasião da assinatura de termo de compromisso da Fiep junto à Sema para a adequação da indústrias à legislação.
O processo foi finalizado no mês de setembro. Após representantes dos sindicatos validarem o plano, o SINDIMETAL APUCARANA se reuniu com os associados para a aprovação final do Relatório Técnico da Logística Reversa. O documento foi aprovado por unanimidade. Por fim, no dia 19 de setembro, em reunião em Curitiba, todos os sindicatos do setor confirmaram a versão final do relatório que foi encaminhado à Sema.
De acordo com o presidente do SINDIMETAL APUCARANA, José Carlos Bittencourt, o debate em torno da Logística Reversa começou no Brasil a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS (Lei 12.305, regulamentada pelo Decreto nº 7.404, de agosto de 2010). A legislação trata do fluxo dos bens, materiais e embalagens, partindo do ponto de consumo até a sua origem, ou seja, o caminho inverso do produto que sai da fábrica. Depois que o produto é colocado no mercado, é preciso trazê-lo de volta, para que tenha destinação ambiental correta.
“No Brasil, o descarte não é feito de forma correta. É um problema cultural que acarreta prejuízos ambientais, como as enchentes. É muito importante que a população seja educada e que as empresas se conscientizem sobre a importância da destinação correta do lixo. Caso contrário, serão penalizadas com multas”, avalia Bittencourt.
Caminho sem volta
A Logística Reversa deverá ser implantada em todo o Brasil nos próximos anos e é um caminho irreversível. O gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiep, Rafael Cesar da Costa, afirma que o foco principal da Logística Reversa é a eliminação e/ou a minimização dos possíveis impactos ambientais gerados após o consumo do produto. O pós-consumo, portanto, não significa mais o término do ciclo de vida do produto, mas a sua utilização como matéria-prima em novo produto ou processo produtivo.
Os sistemas de Logística Reversa devem adotar a seguinte ordem de prioridade: não gerar; se gerar, tentar reduzir; o que reduzir, tentar reutilizar; se não reutilizar, tentar reciclar; se não reciclar, dar o tratamento ou disposição final adequada ao rejeito, respeitando as legislações ambientais.
A Logística Reversa também destaca outro conceito importante: a responsabilidade compartilhada. A efetividade da legislação não depende apenas dos fabricantes ou dos órgãos ambientais, mas de toda cadeia produtiva, ou seja, dos fornecedores, importadores, distribuidores, comerciantes ao consumidor final.
Sensibilização
A Fiep reeditou um material de divulgação sobre a PNRS, que foi elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. "Este é um guia técnico, com informações detalhadas sobre as diretrizes que incidem sobre o setor produtivo, como a Logística Reversa”, diz o gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiep. O guia técnico também está disponível no link www.fiepr.org.br/logisticareversa.
Especificamente para as indústrias, a Fiep elaborou um guia de ‘Perguntas e Respostas sobre a Logística Reversa’ com os questionamentos mais frequentes feitos pelas indústrias. Além disso, a entidade deve lançar material gráfico com ilustrações para sensibilizar e conscientizar toda a sociedade, abordando a Logística Reversa e sua importância para a sustentabilidade ambiental.