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Federação cria Câmara Técnica de Resíduos Industriais

Empresários terão orientação sobre o tratamento de resíduos e oportunidades de negócios

Com o objetivo de buscar soluções para minimizar o impacto ambiental gerado pelos resíduos da indústria paranaense, a Fiep inaugurou, no dia 27 de junho, em Curitiba, sua Câmara Técnica de Resíduos Industriais (CTRI). O grupo de trabalho vai discutir temas referentes aos resíduos industriais e à logística reversa e propor ações e soluções. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Conselho Setorial de Meio Ambiente - que terá papel consultivo e orientador - e a Coordenação de Desenvolvimento da Fiep - que será o executor. Dentro da CTRI serão formados três grupos de trabalho permanentes.

O primeiro é voltado à criação de uma Central de Tratamento de Resíduos, que, futuramente, pretende atender às indústrias do Estado. O segundo grupo de trabalho se dedicará ao estudo de soluções no âmbito da nova legislação ambiental, no que se refere à logística reversa. O terceiro grupo vai estudar a chamada "simbiose industrial", termo usado quando o resíduo de uma indústria pode ser aproveitado como fonte de energia ou insumo em outro tipo de indústria, inserindo-o novamente no ciclo industrial.

A intenção é que parte das soluções levantadas gerem negócios. Serão organizadas rodadas entre as empresas âncoras e potenciais fornecedores. A CTRI também pretende proporcionar ambiente para construção de parcerias empresariais, público-privadas e consórcios empresariais com foco nos negócios relacionados ao tratamento de resíduos. 

Mais consciente - A criação da CTRI foi motivada pelo avanço do conceito de sustentabilidade, que já é adotada por diversas organizações. Muitos resíduos, tais como metais, papéis e vidros, já são separados por famílias e pelas empresas há décadas, para então serem encaminhados à reciclagem. "No entanto, há outros resíduos, os gerados pelas indústrias, que não são de tão fácil reciclagem. Entre os exemplos estão os resíduos gerados pelas indústrias moveleira, têxtil, construção civil, química, cosméticos e outros que, apesar de alguns esforços isolados em reaproveitar seus resíduos, no geral não possuem uma solução efetiva para tal", afirma Emerson Leonardo Iaskio, economista da Coordenação de Desenvolvimento da Fiep. Ele lembra que, cada vez mais, as empresas são exigidas por uma postura ambiental proativa e que a Lei Nacional de Resíduos Sólidos responsabiliza os empresários pelos resíduos produzidos não apenas nas empresas, mas também pelos consumidores.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos incentiva os geradores a reduzirem a produção de resíduos, o reaproveitamento e reciclagem e a destinação correta dos resíduos não recicláveis. "De uma maneira ou de outra, todos os setores produtivos da economia devem se preocupar com os seus resíduos", completa o economista. 

Mais informações - Os sindicatos interessados em participar das reuniões e soluções apresentadas pela CTRI podem entrar em contato pelo e-mail desenvolvimento@fiepr.org.br e solicitar a inclusão na Câmara. Será enviado um formulário e mais informações como resposta. A próxima reunião da CTRI está marcada para o final de julho, com o dia ainda a confirmar.  

 

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