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Branco, preto ou verde - não importa o tipo. Renda-se aos benefícios da segunda bebida mais consumida no mundo. Além de proteger contra o Parkinson e acalmar os ânimos, ela ainda blinda o corpo
No ranking dos líquidos mais ingeridos pela humanidade, ele só perde para a água. O chá, no
entanto, não tem nada de incolor, insípido e inodoro. Muito pelo contrário. E que fique claro: chá
que é chá leva folhas tenras ou brotos da planta Camellia sinensis e atende por nomes como preto, verde, branco
e oolong. Do contrário, trata-se apenas de uma infusão,como a de erva-mate, explica a gaúcha Carla Saueressig,
especialista no assunto e proprietária da casa A Loja do Chá, em São Paulo. Confusões lingüísticas
à parte, o país do cafezinho vem aos poucos se rendendo à bebida milenar originária do Oriente.
Dados de um dos principais fabricantes do produto, a Dr. Oetker Brasil, indicam que nos últimos cinco anos houve um
crescimento de 30% no mercado de chás secos entre nós. Graças à versão em saquinho, introduzida
por aqui no início da década, o chá verde sepopulariza, trazendo na sua esteira o recém-chegado
branco.
As folhas da Camellia sinensis são ricas em compostos fenólicos, substâncias capazes de
debelar a ação dos radicais livres, moléculas nocivas acusadas de estarem envolvidas em males que vão
da aterosclerose ao câncer. Eles têm a função de proteger a planta contra pragas e a radiação
ultravioleta. E o sabor amargo e adstringente que conferem à Camellia também está associado ao mecanismo
de defesa. O melhor é que essa proteção pode ser sorvida numa xícara de chá. Uma das pesquisas
mais recentes leva a assinatura da Universidade Federal de Santa Catarina, a UFSC. Os cientistas se concentraram em analisar
as propriedades do tipo verde.
Associar bules e xícaras de chá verde a um ambiente de academia de ginástica
é algo um tanto inverossímil. Mas os pesquisadores da UFSC resolveram investigar se o consumo regular da bebida
poderia proteger indivíduos que praticam musculação do ataque dos radicais livres. Isso porque a atividade
física pode levar a um aumento na produção dessas moléculas nefastas. O grande déficit
de oxigênio e o desequilíbrio energético que ocorrem nos músculos durante os exercícios
intensos são alguns dos motivos que explicam esse incremento, diz a nutricionista Vilma Panza, autora do estudo.
A
especialista recrutou 14 homens de 19 a 30 anos para realizarem uma série de supino reto os indivíduos se deitam
num banco e levantam uma barra com pesos. Durante uma semana, eles consumiram três xícaras de chá verde,
de manhã, à tarde e à noite. No oitavo dia, uma hora antes do exercício, eles beberam mais uma
xícara. Por meio da análise de amostras sangüíneas coletadas antes da suadeira e um e 15 minutos
depois do levantamento de pesos, avaliou-se o potencial anti-radicais da bebida. Observamos que a ingestão de chá
verde reforçou a capacidade de defesa antioxidante, conta Vilma.