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A indústria moveleira foi uma das mais impactadas com a atual crise brasileira. Por estar ligado diretamente com o poder de compra da população e à perspectiva dos consumidores de fazer investimentos, o setor vem enfrentando sérias dificuldades.
Conforme estimativas da consultoria IEMI, especializada neste segmento, os dados relacionados à indústria moveleira são negativos. A produção deve registrar uma queda de 1,7% na comparação de 2016 com 2015. Neste ano, a perspectiva é atingir uma produção de 419.764.000 peças.
A produção já havia diminuído bastante no ano passado. Os dados da IEMI indicam uma retração de 9,5% entre 2014 e 2015. Ou seja, o setor pode encolher ainda mais em 2016. Este movimento de retração acontece desde 2013.
A consultoria ainda aponta redução no consumo aparente, com -2,1% em 2016 na comparação com 2015. O setor já vinha de uma forte desaceleração no consumo entre 2014 e 2015, quando foi registrado redução de 9,5%.
Especificamente sobre varejo de móveis, a IEMI projeta uma queda no volume de vendas de 3,4% na variação entre 2015 e 2016. A retração chegou a 10,5% na comparação entre os anos de 2014 e 2015.
A única exceção nos dados negativos é a exportação. Ainda assim, a relevância das vendas para o exterior é pequena no volume de produção e comercialização do setor no Brasil. A IEMI estima uma variação positiva de 5,7% nas exportações em 2016, na comparação com 2015. No entanto, a comercialização ao exterior da indústria moveleira havia registrado uma queda de 7,1% entre 2015 e 2014. Isto significa que o possível aumento neste ano, em função do câmbio, não vai compensar as perdas identificadas previamente.
Este cenário será intensamente discutido no Congresso Nacional Moveleiro, programado para os dias 14 e 15 de setembro, no Campus da Indústria, em Curitiba. O evento terá como tema “Repense a forma e reinvente o mercado”. Mais informações no site www.fiepr.org.br/congressomoveleiro.