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Simpósio discute a madeira como componente estrutural e a utilização do produto na construção civil

Palestrantes Carlos Szücs e Euclésio Finatti apresentaram panorama da indústria da madeira no Brasil

“O efeito estufa existe e é necessário para as condições de vida que conhecemos na terra. A fábrica da madeira, que é a árvore, utiliza-se de poluição e água”. Foi com essa frase que o engenheiro civil Carlos Szücs, da Szücs Engenharia, empresa especializada em projetos estruturais com madeira, começou a palestra “A Madeira como Componente Estrutural”, no Simpósio Madeira & Construção, que termina nesta quarta-feira, 4, em Curitiba. Ele lembrou, entre outras coisas, que um metro cúbico de madeira pode estocar de 250 quilos a uma tonelada de carbono.

“A árvore é uma fábrica de madeira movida a energia solar e mantida com o funcionamento do calor e da iluminação. Essa fábrica captura o carbono poluente, sequestrando-o em polímeros complexos que formam a madeira. Esse é o início do ciclo de vida desse material. Depois, a madeira devolve o carbono para o ambiente, fechando o ciclo do carbono dentro de um mecanismo de desenvolvimento limpo”, explica.

Para Szücs, um país em desenvolvimento não pode figurar apenas como produtor de matéria-prima de baixo custo. É necessário investimento em conhecimento científico e pesquisa, porque a madeira como componente estrutural precisa de soluções baseadas no conhecimento das características intrínsecas de um material natural, produzido com energia solar. Possibilidades existem, de acordo com o engenheiro, e só dependem de projetos, porque o Brasil tem um grande campo para ser trabalhado.

Szücs cita, ainda, um estudo de um conselho canadense que mostra que uma casa de porte médio, construída com o sistema wood frame, armazena carbono equivalente ao que um carro emite de CO2 durante cinco anos. Portanto, ele diz que as construções contemporâneas, hoje, devem buscar industrialização pela pré-fabricação; racionalização, confiabilidade, eficiência e durabilidade; novos conceitos de sistemas construtivos; rapidez e precisão na montagem; conforto térmico, acústico e lumínico; além de sustentabilidade ambiental. “Uma opção é a utilização de sistemas leves de madeira, como sistemas wood frame, baseados em painéis estruturais que permitem vários níveis de industrialização. Assim teremos uma construção rápida e racional”, revela o engenheiro.

Madeira na construção civil

O engenheiro civil e vice-presidente administrativo do Sindicato da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), Euclésio Finatti, também palestrou no evento, contextualizando o setor da construção civil na discussão sobre o uso da madeira como material construtivo. Segundo Finatti, existe uma grande possibilidade de evolução olhando pelo lado da construção brasileira, porque o Paraná é o terceiro maior produtor de madeira plantada do país.

Finatti comenta também que não consegue ver, hoje, o setor da construção civil sem uma ligação mais próxima com o setor da madeira. “No Brasil, as florestas plantadas ocupam somente 0,8% da superficie do país. Nós precisamos estar efetivamente mais unidos, mais próximos, porque conseguimos produzir muito mais se olharmos para a madeira da forma como algumas pessoas já estão olhando, principalmente os produtores”, diz.

Durante a apresentação, o engenheiro trouxe alguns dados que comparam uma construção de madeira e uma construção feita em aço e concreto. Um casa de aproximadamente 200 metros quadrados, construída com aço e concreto, teria 24 a 47% mais poluição no ar e 8 a 22% mais desperdício; utilizaria 11 a 81% mais recursos e 26 a 57% mais energia; além de emitir 34 a 81 % mais gases estufa.

“Isso é contra mim, olhando como um construtor que sempre usou tijolinhos por tijolinhos, mas é favorável à natureza. Nós temos que começar a pensar dessa forma. A cadeia produtiva da construção civil não enxerga hoje a madeira como material construtivo e há uma necessidade de mudarmos a forma de construir pensando no uso da madeira, buscando a industrialização e a tecnologia. A madeira tratada vai nos ajudar muito. Meu desafio é fazer com que esses números fiquem na cabeça dos construtores para que aconteça a mudança na cadeia produtiva. Assim essa realidade vai sair do papel. Precisamos fazer uma construção sustentável”, garante Euclésio Finatti.

Evento
O Simpósio foi realizado em paralelo à Expo Madeira & Construção e foram promovidos pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), com patrocínio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Arauco, Guararapes, Triângulo Pisos de Madeira e Tree Florestal.

Apoiaram a realização dos eventos: Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR), Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Paraná, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR), Senai, Sinduscon PR, Companhia de Habitação do Paraná (Coahapar), Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF), Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem) e Embrapa Florestas.

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