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A Câmara de Comércio Exterior publicou no dia 17 de janeiro a Resolução nº 3, que restringe a entrada no Brasil de louça para mesa produzida na China. A medida antidumping deve proteger a indústria brasileira de cerâmica e louças, que vinha sofrendo concorrência considerada desleal.
O dumping é considerado uma prática desleal de comércio exterior que é adotada com o intuito
de enfraquecer e desestruturar a indústria de um país. Uma empresa – ou um grupo – passa a exportar
produtos por preços mais baixos que os que pratica em seu próprio país. Depois de conseguir prejudicar
os fabricantes de produtos similares no local, passa a dominar o mercado e a impor preços altos.
O processo
que levou à Resolução 3 teve início há cerca de 15 anos, quando o setor de porcelana de
mesa do Brasil passou a encolher com a entrada de louça de países asiáticos. “Neste período,
tivemos uma queda de 60% nas vendas e fomos obrigados a demitir para sobreviver”, lamenta José Canisso, presidente
do Sindilouça.
Canisso conta que os estudos sobre a possibilidade de dumping tiveram início em
2009 e em julho de 2012, um grupo de empresas recorreu ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, em busca de proteção ao setor. As indústrias protocolaram uma petição de abertura
de investigação de dumping.
O Departamento de Defesa Comercial (Decom) avaliou o pedido e deu início ao processo investigativo, que culminou com a Resolução 3. “Somos os maiores produtores de porcelana de mesa do país. Ter essa garantia de que a partir de agora a concorrência é de igual para igual nos dá tranquilidade para reconquistar nosso mercado. Vai ser muito bom voltar a crescer, mas sabemos que esta será uma recuperação que levará algum tempo”, desabafa Canisso.
Com informações da Agência Fiep