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Porcelana Schmidt fecha fábrica paulista e fortalece produção no Paraná

Empresa, que se esforça na recuperação das margens de lucro, anunciou fechamento da unidade em Mauá, São Paulo, transferindo atividades para Campo Largo

A tradicional fábrica de porcelanas Schmidt oficializou o fechamento da unidade de Mauá, em São Paulo, transferindo para Campo Largo o trabalho de decoração de peças que até então era executado no município paulista. O anúncio da transferência da unidade para Campo Largo foi feito pelo presidente da empresa, Nelson Lara, no final de janeiro, com a presença do prefeito de Campo Largo, Edson Basso.

O encerramento das atividades em São Paulo é resultado do processo de enxugamento de custos e recuperação de margens de lucro, que começou há 15 meses, quando a empresa estava prestes a fechar as portas. No total, 389 pessoas atuavam na fábrica paulista. Desses, 250 foram demitidos em janeiro e o restante receberá aviso de desligamento no período de fevereiro a março.

Empregos - Com a vinda da unidade de Mauá para Campo Largo, a empresa deverá gerar cerca de 250 novos empregos na cidade. Um forno de decoração já foi transferido para o Paraná há cinco meses e outro virá em breve. Em Campo Largo, a empresa contratou 200 pessoas e outras 50 devem ser chamadas. A empresa também convidou 12 funcionários, que ocupam cargos de supervisão e gerência, para atuar no Paraná.

Com a desativação da fábrica de Mauá, a empresa deve vender o terreno de 70 mil metros quadrados localizado no centro do município paulista, avaliado em cerca de R$ 40 milhões, e usar o dinheiro para o pagamento de dívidas e investir em modernização.

Recuperação  - A Schmidt tinha 69 imóveis, entre urbanos e áreas de reflorestamento, e metade foi vendida para quitar débitos trabalhistas (R$ 15 milhões em 2011), impostos atrasados e empréstimos. A empresa, que entrou em recuperação judicial em 2008, ainda acumula dívidas de R$ 200 milhões, mas seu presidente, Nelson Lara, garante que o pior já passou. "Em novembro e dezembro voltamos a operar no azul", conta.

O faturamento, que foi de R$ 70 milhões em 2001, despencou para R$ 46 milhões em 2010 e, no ano passado, chegou a R$ 75 milhões, mas com prejuízo de R$ 8 milhões no exercício. Com os planos em andamento, o objetivo é alcançar R$ 120 milhões em receitas em 2012 e voltar a dar lucro, já que a unidade paulista gerava prejuízos mensais de R$ 1 milhão. Os investimentos para este ano estão estimados em R$ 6 milhões.

Estratégias - Entre julho e agosto de 2010, a fabricante de porcelanas criada em 1945 ficou sem produzir por 45 dias. "Os 1,1 mil empregados estavam sem perspectivas de futuro, não havia estoque e clientes e fornecedores não tinham expectativas", lembra Lara. Foi com a antecipação de R$ 1,5 milhão feita por dois clientes que a produção recomeçou. "Compramos matéria-prima, demos R$ 400 para cada empregado e pedimos para eles voltarem a trabalhar", lembra. A concorrência com a porcelana chinesa, hoje detentora de aproximadamente 60% do mercado brasileiro, fez mal para a Schmidt, mas, na opinião de Lara, foram decisões erradas que levaram a empresa a se afundar.

Na sua avaliação, foi equivocada a decisão de promover especializações das fábricas a partir de 1994. Em Pomerode, Santa Catarina, são feitas xícaras, pires e canecas; de Campo Largo saem pratos, travessas e bules; e em Mauá era feita a decoração das peças, com pintura e colocação de decalques. "A logística ficou complexa e o custo de manter três unidades não fazia mais sentido", avalia.

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