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O período das dinastias chinesas, quando a porcelana do país ganhou fama internacional, faz parte do passado. Mas a força do produto chinês volta a assombrar os fabricantes brasileiros. As razões, agora, são bem diferentes: o cuidado dos artesãos deu lugar à produção em massa e preços abaixo do mercado.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil importou pouco mais de US$ 43 milhões em produtos de porcelana da Ásia, de janeiro a agosto deste ano. Isto significa 37% a mais quando comparado ao mesmo período do ano passado. Em todo ano de 2010, importamos US$ 47 milhões. E faltam ainda mais de três meses para acabar 2011 e estamos bem próximos desta marca.
"A concorrência com a China é desleal e impede o crescimento do fabricante brasileiro, não temos como ampliar a produção", afirma o presidente do Sindilouça, José Canisso. Apesar das importações brasileiras de produtos de cerâmica branca aumentarem, o Paraná observa queda do produto asiático. De janeiro a julho deste ano, o Estado importou US$ 843 milhões. Ano passado o número no mesmo período foi bem maior, chegando aos US$ 3,3 milhões, conforme dados do MDIC. Os itens incluídos neste cálculo são as pias, lavatórios, porcelana de mesa e objetos de porcelana.
Em março deste ano, o Sindicato entrou com pedido de antidumping junto ao MDIC. O processo ainda está sendo analisado pelo Ministério. O Sindilouça argumenta que os produtos chineses chegam ao Brasil com valor de compra de até 60% abaixo do mercado.