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O Brasil é considerado o oitavo maior exportador de calçados do mundo, mas a participação vem caindo ano a ano pela falta de competitividade no mercado exterior. Agora, a alta do dólar frente o real promete dar novo ânimo aos empresários. Porém, os efeitos do câmbio não serão sentidos imediatamente pelo segmento.
O Relatório Brasil Calçados 2012, elaborado pela Abicalçados, revela que foram exportados 113 milhões de pares de calçados em 2011, queda de 21% em relação a 2010. Por conta do dólar em baixa, o faturamento reduziu 13% em comparação com o ano anterior e as divisas ficaram em US$ 1,3 bilhão.
No início de maio, a moeda americana voltou a se valorizar, atingindo maior pico desde maio de 2009 e foi cotada a R$ 2,046. Para José Carlos Brigagão, diretor da Abicalçados, o aumento do dólar é um fator positivo, mas ainda levará mais tempo para demonstrar o real benefício para a indústria. "Sentiremos os efeitos somente nos próximos quatro meses", afirma.
Na mira - Entre os principais compradores de calçados brasileiros em valores monetários, os Estados
Unidos ficaram em primeiro lugar, com 18,2% de participação sobre o total faturado pelo Brasil. A Argentina
ficou em segundo lugar, com 15%, e o Reino Unido em terceiro, com 7,5%. Já em volume, o ranking é diferente.
Argentina e Paraguai praticamente empataram, com 12,2% e 12,1% de participação, respectivamente, sobre o total
dos 113 milhões de pares exportados no ano passado. Os Estados Unidos, por sua vez, foram o terceiro maior importador,
com 11,6 milhões de pares.
Importações inquietam setor - Em 2011, o Brasil elevou
em 40% o pagamento e em 19% a quantidade em calçados importados em comparação com o ano anterior. Conforme
o relatório, os importadores trouxeram do exterior 34 milhões de pares e pagaram US$ 427,7 milhões. Os
principais fornecedores em pares foram Vietnã e China, que empataram com 30,7% de participação sobre
o total. O terceiro lugar ficou com a Indonésia, com 16,3% de participação.
Em volume financeiro,
a posição do ranking também se modifica. O Vietnã continua em primeiro lugar, mas a Indonésia
ocupa o segundo lugar e a China o terceiro, com 22,5% e 16,4% de participação, respectivamente.