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Emprego em maio teve desempenho morno, diz Fiesp

14 de junho de 2011

Por Anne Warth

O assessor de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), André Rebelo, afirmou hoje que, apesar dos destaques setoriais, o nível de emprego no mês de maio teve um desempenho avaliado como morno. No cálculo com ajuste sazonal, o emprego subiu 0,16% ante abril e, sem ajuste sazonal, o indicador aumentou 0,54%, o que significou um saldo positivo de 14,5 mil postos de trabalho.

Rebelo explicou que, nos últimos três meses, a média do emprego ficou praticamente zerada e, em 12 meses, embora o indicador acumule alta de 4,12%, a curva já está indicando estabilidade. No mês passado, 15 setores contrataram, seis demitiram e um manteve o emprego estável, um resultado considerado padrão para um mês de maio considerado morno.

Entre os setores que mais demitiram no mês em análise estão: couro e calçados, com 2.330 dispensas, vestuário (1.510) e produtos têxteis (867). Rebelo disse que os três são setores afetados pelo câmbio valorizado. Além disso, é época de troca de coleções na área de moda, o que diminui a produção no período.

A projeção da Fiesp para o nível de emprego na indústria paulista este ano é de um crescimento entre 2,5% e 2,7%, na comparação com 2010. Para o emprego na indústria brasileira, a projeção é de alta de 1,1%, comparado com o ano passado. Já para a produção industrial como um todo, a previsão é de alta de 2,7%, e para o Produto Interno Bruto (PIB) do País, de 3,8%.

Sacrifício
O assessor de Assuntos Estratégicos da Fiesp prevê um segundo semestre um pouco mais duro para a produção industrial, impactado pelo objetivo do governo de atingir o centro da meta da inflação em 2012. "Não teremos um resultado negativo em termos de produção e de emprego, mas teremos um pouco mais de acomodação para garantir a inflação mais próxima do centro da meta em 2012. Para isso, o sacrifício maior será da produção industrial", afirmou.

Rebelo lembrou, ainda, que o ciclo de alta da taxa Selic (juro básico da economia) tem uma defasagem de 6 a 9 meses na produção industrial. "Esse impacto da Selic ainda não aconteceu em sua plenitude e isso será mais sentido no segundo semestre. Por isso, achamos que não existe mais necessidade de um novo aumento de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros (Selic), apesar das projeções do mercado de que ele vai acontecer."

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