Sindicato das Indústrias de Artefatos de Couro do Estado do Paraná

Sindicato das Indústrias de Artefatos de Couro do Estado do Paraná

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Preços de roupas disparam nas lojas

10 de maio de 2011

 

Cotações recordes do algodão chegam com força ao varejo. Alta já atinge 37%

SÍLVIO RIBAS e JORGE FREITAS

O brasileiro está pagando caro para se vestir. A escalada do preço do algodão, iniciada em agosto de 2010, está chegando mais forte às roupas, sobretudo com a entrada da coleção outono/inverno. Para especialistas, esse efeito retardado sobre o varejo continuará pelo menos nos próximos dois meses, apesar da cotação da matéria-prima estar em declínio.

A variação do vestuário dentro da primeira prévia do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de maio mostra avanço de 1,34% para 1,60%, conforme dados divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em abril, o segmento foi responsável pela segunda maior alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): 1,42%, ante 0,56% em março, perdendo só para os combustíveis, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os reajustes mais expressivos do grupo foram nos itens infantis, que subiram 1,97%.

O aumento dos preços nas roupas em Brasília levou a bancária Nila Fernandes, 56 anos, a comprar em São Paulo, onde duas ou três peças básicas do vestuário feminino podem custar R$ 200 numa loja de departamentos. "Aqui, tudo é mais caro e não existe preço promocional, que possa se adequar ao bolso de quem precisa administrar uma casa", disse.

Coleção
O lojista e atacadista Juscelino Mattos acredita que a coleção outono/inverno chegará às lojas com aumento de 37% nos preços, depois de a de verão estar sendo vendida 25% mais cara, puxada pela maior escalada de preços do algodão em 42 anos. "O comércio têxtil vai enfrentar uma alta devido à baixa produção das safras de algodão em 2009 e em 2010, causada pela estiagem e as quebras de produção no Paquistão", afirmou.

A falta de produto foi compensada com a subida de preços, em torno de 30%. O mercado, contudo, deve continuar aquecido, estimulando novos plantios. Em 2012, a expectativa do setor é de ganhos de produção no Brasil e no exterior, particularmente na China.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), o preço do algodão e a retração das vendas afetaram a produção, que recuou 7% em janeiro e em fevereiro em relação a igual período de 2010. O presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, também destacou a crescente perda de competitividade para importados asiáticos. "Se as importações de roupas e de tecidos mantiverem o ritmo atual, a balança comercial do setor vai fechar 2011 com deficit histórico de US$ 5,6 bilhões", disse.

Pressões estão no limite
Os produtores de algodão admitem que a escalada nas cotações chegou ao limite suportável pelo mercado. "A escassez e a especulação levaram a um pico de preços difícil de repassar à indústria e ao varejo. Essa realidade e a expectativa do início da colheita provocaram quedas sucessivas nas cotações do algodão, acentuadas nos últimos 10 dias", disse Haroldo Cunha, presidente do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Após dispararem até a primeira quinzena de março, os preços do produto despencaram, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). Em 31 de março, a arroba de algodão era negociada a R$ 128. Ontem, estava a R$ 79, um recuo de 38,5%.

 

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    Desoneração ajudará serviço e comércioComtex Maringá