Sindicato das Indústrias de Artefatos de Couro do Estado do Paraná

Sindicato das Indústrias de Artefatos de Couro do Estado do Paraná

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Desoneração ajudará serviço e comércio

21 de maio de 2011

 

Gastos com pessoal respondem por mais de 24% nesses dois setores

Martha Beck

BRASÍLIA. O alívio que o governo promete dar aos empresários com a desoneração da folha de pagamento vai beneficiar principalmente os setores de serviços e comércio. Juntos, eles respondem por nada menos que 67,7% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços do país) brasileiro e têm uma carga pesada com mão de obra. Dados do IBGE mostram que apenas no setor de serviços prestados a empresas, por exemplo, os gastos com pessoal respondem por 28,63% dos custos da produção. Já no comércio, que emprega 15 milhões de pessoas, esse peso é de 24,16%.

Mas a redução dos encargos sobre a folha também ajudará empresas que vêm sofrendo com a perda de competitividade em função do câmbio: calçadista e têxtil. Nesses casos, os salários respondem por quase 20% do valor da produção. Na construção civil, essencial para dar andamento às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o percentual é de 15%.

É em função do peso que a folha de pagamentos tem sobre cada setor da economia que a equipe econômica trabalha para mexer nos encargos que incidem sobre ela. Já está decidido que a alíquota da contribuição previdenciária de 20% cobrada sobre a folha cairá para 14% até 2014. Mas é preciso calibrar a arrecadação de modo que a Previdência não sofra perda de receita. Cada ponto percentual do tributo equivale a cerca de R bilhões. Por isso, entre as mais de dez opções com as quais os técnicos trabalham, a que mais agrada é transferir para o faturamento parte da contribuição ao INSS. O valor da alíquota variaria dependendo do setor.

Segundo a área técnica, a linha seria parecida com a que já existe no Simples: as empresas pagam a contribuição previdenciária sobre o faturamento de acordo com o setor em que atuam. O comércio, por exemplo, paga de 1,8% a 4,6% em contribuição previdenciária. Já o setor de serviços paga de 2,42% a 7,83%.

- A desoneração da folha vai ser neutra para a Previdência Social. Já na economia vai haver quem pague um pouco mais ou um pouco menos, dependendo da nova calibragem - disse um membro da equipe econômica.

Existe a opção de elevar a alíquota de PIS/Cofins que incide sobre o faturamento das empresas. Mas os sindicatos que discutem o assunto com o governo argumentam que será difícil preservar a Previdência na divisão com esta opção.

- Parte da arrecadação do PIS/Cofins vai para o BNDES, outra parte vai para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Os sindicatos alegam que vai ficar complicado separar uma receita que não tem o carimbo específico da Previdência - disse.

Segundo o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, a desoneração da folha é urgente. Ele lembra que hoje muitos trabalhadores atuam na informalidade ou recebem remuneração de maneiras alternativas (e não salários) para que as empresas evitem os custos incidentes sobre a folha. Isso significa que essas pessoas não têm direito, por exemplo, a décimo terceiro, férias ou FGTS. Ele, no entanto, considera a proposta do governo tímida.

A alternativa da CNS, que já apresentou a ideia ao Ministério da Fazenda, seria reduzir a contribuição previdenciária sobre a folha e instituir um novo tributo incidente sobre a movimentação financeira, como a CPMF.

- A Constituição deixa claro que a Seguridade Social deve ser financiada pela sociedade como um todo - afirmou Nese.
A alíquota da contribuição previdenciária para os empregadores existente no país está entre as mais altas no mundo. Assim como o Brasil, China e Rússia pagam 20%. Já na Índia ela é de 17,6%, no Japão, de 7,7% e nos Estados Unidos, de 6,2%. Para dar um auxílio aos exportadores brasileiros, que estão menos competitivos, a proposta de desoneração da folha também vai prever um ganho maior para quem vender produtos fora.

A redução dos encargos sobre a folha é vista pela equipe econômica como importante para o andamento de uma reforma tributária. O governo também começou a discutir mudanças nas regras de cobrança do ICMS para acabar com a guerra fiscal.

 

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    País nega salvaguarda provisória contra ChinaPreços de roupas disparam nas lojas