Rua Nicola Pellanda, 4307 - sl. 02 - Umbará
81.930-360- Curitiba/PR
sindicer.ctba@uol.com.br
(41)
3563-1673
É necessário definir a melhor estratégia para enfrentar um momento difícil da economia brasileira. Este foi o alerta feito pelo consultor técnico e da qualidade da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), Antônio Pimenta. Ele conversou com ceramistas durante um encontro promovido no fim de janeiro pelo Sindicer-PR, na sede do sindicato. Pimenta fez uma série de reflexões junto com os industriais, com o objetivo de mostrar que há caminhos para driblar a desaceleração da economia e da construção civil, o que impacta diretamente a indústria de cerâmica vermelha.
O consultor lembrou que o cenário para 2015 não é dos mais otimistas, diante das dificuldades na economia, concorrência crescente com outras tecnologias e elevação de custos. Pimenta ressaltou que adotar uma estratégia de apenas cobrir preços dos concorrentes não gera bons resultados. “A definição de estratégias é importantíssimo. É preciso muito cuidado com a postura de ‘aguardar e ver o que acontece’. Devem ser definidas ações de médio a longo prazos”, salientou durante o encontro. Ele citou como exemplo a união de nove cerâmicas de São Paulo que montaram uma central de vendas.
Segundo Pimenta, entre as possíveis saídas para os ceramistas estão produtividade, qualidade, marketing (relacionamento) e visita a lojas e compradores - que já sejam seus clientes ou não. “É necessário entender o que o cliente quer e convencê-lo a comprar o seu produto. É inegável que a cerâmica possui uma qualidade superior a outros materiais de construção. É preciso oferecer a cerâmica como melhor alternativa”, comentou.
O consultor ainda enfatizou que produtividade e qualidade se tornaram itens obrigatórios dentro de uma cerâmica. Os industriais revelaram que os compradores baseiam as pesquisas apenas em preços, o que dificulta a concorrência com empresas formais e negócios informais que produzem tijolos com baixa qualidade e que, consequentemente, oferecem baixo preço. Pimenta ponderou, afirmando que “a Norma de Desempenho está gerando resultados. As construtoras estão sendo cobradas por isto. A norma veio para ficar e não tem volta”.
Ainda há construtoras - especialmente as que fazem obras populares - que não estão preocupadas com a qualidade do material utilizado. No entanto, a chance de terem que refazer os serviços é muito grande. Isto vai impactar diretamente a indústria da cerâmica vermelha em breve. “Os compradores serão mais criteriosos”, avalia Pimenta.
Produção
De acordo com o consultor da Anicer, existe pouca variedade na produção das cerâmicas em Curitiba e Região Metropolitana. Uma forma de se destacar no mercado é investir em tamanhos, cores e formatos diferentes. Ele revelou que haverá uma demanda ainda mais acentuada para blocos maiores para moradia, o que pode representar uma oportunidade. “As empresas devem denunciar as obras que usam material irregular. Se o setor não se unir, a situação vai continuar do mesmo jeito”, classifica Pimenta.