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Desde 1º de agosto, estão em vigor as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação
Publicitária (Conar) para a publicidade que contenha apelos de sustentabilidade. As novas determinações
pretendem reduzir a utilização do termo em campanhas quando ele é utilizado de maneira banal e não
tem de fato ligação que justifique a relação com o produto anunciado. As peças que estiverem
em desacordo com o novo artigo estarão sujeitas à advertência e suspensão da imediata da comunicação
publicitária. As determinações valem para todos os meios, inclusive a internet. O novo texto foi elaborado com base em documentos em vigor na comunidade europeia, nos Estados Unidos e no Canadá,
além de publicações de organizações brasileiras, adaptados ao mercado nacional. "O objetivo
é que agências e anunciantes tomem conhecimento do texto. Sabemos que haverá um tempo para o mercado assimilar
as novas regras, mas empresas serão, sim, cobradas", afirma Gilberto Leifert, presidente do Conar. O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, documento que, desde 1978, reúne
os princípios éticos que regulam o conteúdo das peças publicitárias no País, já
continha recomendações sobre o tema, mas elas foram inteiramente revisadas, sendo reunidas no artigo 36 do Código
e detalhadas no Anexo U. O sentido geral das novas normas é reduzir o espaço para usos do tema sustentabilidade que, de alguma forma,
possam banalizá-lo ou confundir os consumidores. Além de condenar todo e qualquer anúncio que estimule
o desrespeito ao meio ambiente, o Código recomenda que a menção à sustentabilidade em publicidade
obedeça estritamente a critérios de veracidade, exatidão, pertinência e relevância. Um anúncio que cite a sustentabilidade deve, assim, conter apenas informações ambientais passíveis
de verificação e comprovação, que sejam exatas e precisas, não cabendo menções
genéricas e vagas. As informações devem ter relação com os processos de produção
e comercialização dos produtos e serviços anunciados e o benefício apregoado deve ser significativo,
considerando todo seu ciclo de vida.