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O Sinpamad foi representado por seu presidente, Fabrício Antônio Moreira Neto, e pelo executivo, João
Ademir dos Santos. Neto aproveitou a ocasião para tratar de melhorias na imagem do setor. "Infelizmente, ainda somos
vistos como devastadores, quando na verdade não destruímos nada", disse. "Pelo contrário, somos produtores,
plantamos tudo o que utilizamos, e precisamos mostrar isso à sociedade", acrescentou. O presidente ainda propôs
um trabalho conjunto com a Fiep e com sindicatos a nível nacional.
"A indústria madeireira é um
setor que trabalha alinhado, como prova a grande presença de empresários neste Fórum, mas ainda existe
muito potencial para crescimento no Paraná", acrescentou o presidente da Fiep, Edson Campagnolo.
Recuperação
- Atualmente, a indústria madeireira paranaense ainda se esforça para recuperar os prejuízos causados
pelas recentes crises internacionais. Em 2004, o setor chegou a empregar 54 mil pessoas no Estado, mas presenciou o número
de trabalhadores ser reduzido para 37 mil em 2009. Nos dois últimos anos, com pequenos sinais de recuperação,
subiu para cerca de 40 mil empregos.
A variação pode ser explicada pela forte queda nas exportações do segmento, bastante dependente do mercado externo. Enquanto em 2004 as vendas para outros países somaram US$ 1,17 bilhão, em 2009 o valor caiu pela metade, com apenas US$ 530 milhões. Novamente, houve ligeira recuperação nos últimos dois anos, com as exportações fechando em US$ 640 milhões em 2011, ainda muito longe do ideal.
Por vivenciar as dificuldades, os participantes apontaram as necessidades do setor e elegeram as prioridades que devem
ser atendidas, tanto pelo poder público quanto pelo Sistema Fiep. "São ações que precisam da representatividade
e da participação de todo o setor", ressaltou o empresário Paulo Roberto Pupo, presidente do Simadi e
novo coordenador do Conselho Setorial da Indústria da Madeira da Fiep.
Desoneração - Os
empresários pedem que o governo desonere diferentes produtos de madeira, retirando, por exemplo, a cobrança
de ICMS sobre toras e do PIS/Cofins sobre os resíduos. A informalidade também é uma questão relevante.
"Precisamos extinguir a informalidade no setor. É necessário mostrar que não é preciso ser informal
para sobreviver, já que o empresário da nossa área é muito competente e tem condições
de agregar valor à produção", afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria
de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Odacir Antonelli.
Outra demanda prioritária é que o setor da madeira, enquanto produtor, passe a responder ao Ministério
da Agricultura e não mais ao Ministério do Meio Ambiente. Os participantes do Fórum Setorial também
solicitaram à Fiep a elaboração de um projeto de lei que garanta isenção de impostos para
madeira de reflorestamento, a exemplo do que ocorreu em Santa Catarina, que diminuiu o ICMS da madeira oriunda de plantio
florestal e vendida para outros Estados.