Sindicato da Madeira de Ponta Grossa

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Leonardo Puppi Bernardi: setor da madeira quer melhorar qualidade para o mercado e empregos

Novo presidente acredita em ações do SINDIMADEIRA-PG para atrair novos associados e atuar no estímulo aos empresários para novos negócios

clique para ampliarPresidente acredita em mudanças no Legislativo para modernizar leis (Foto: Divulgação)

O industrial Leonardo Puppi Bernardi tomou posse em julho como o novo presidente do SINDIMADEIRA-PG. Segundo ele, o momento econômico não tem sido positivo para o setor e no âmbito nacional é necessária uma revisão das leis trabalhistas. Acompanhe a entrevista do presidente do sindicato ao Boletim da Indústria:

Boletim da Indústria - Quais os principais desafios que o senhor espera para os dois próximos anos?

Leonardo Puppi Bernardi - Esperamos que os próximos dois anos sejam marcados historicamente pela revisão da legislação trabalhista do Brasil, que não atende mais os anseios nem do empregado, nem do empregador, e é insustentável para o governo. A revisão que começa a transparecer em linhas tênues é de tornar a Previdência Social sustentável, e simplificar a relação de trabalho.

Acredito que o PPLR, aplicado de forma simplificada para pequenas empresas, seja o ponto central para resolvermos boa parte dos problemas. Incentivaremos nosso Poder Legislativo a debater sobre o tema, e colocarmos o setor da madeira de Ponta Grossa para projetos pilotos nesse sentido.

O setor industrial madeireiro de Ponta Grossa é muito cíclico, devido principalmente ao câmbio, como pela legislação ambiental. As empresas aqui estabelecidas possuem equipamentos tecnologicamente atualizados, o que permite a rápida conversão da produção ao mercado externo em épocas favoráveis. Por outro lado, o mercado interno é muito carente de produtos oriundos de madeira reflorestada, tanto para construção civil, uso rural, industrial ou mobiliário. Então, cabe ao sindicato coordenar o aproveitamento das oportunidades, otimizando a matéria-prima, capacidade instalada e, principalmente, fomentando a união entre os empresários.

O senhor acredita que as parcerias feitas com empresas e escolas são caminhos positivos para uma boa gestão?

Sim, considero importante dar condições e despertar o interesse da comunidade acadêmica no desenvolvimento do setor madeireiro. Pretendo criar um incentivo às empresas que adotem estagiários em seus quadros, e criem uma cultura de melhoria dos processos com docentes e bolsistas. Eu fui bolsista do CNPQ e do PIBIC-PUCPR no período acadêmico, e acredito que é nesse momento que as pessoas se aprofundam em pesquisa e inovação voltada à economia.

Como ampliar e atrair ainda mais o interesse das indústrias para a atividade sindical?

Pretendo criar um selo para as empresas associadas, no formato de "Indicação Geográfica" do INPI, a partir da promulgação da lei 9.279/1996. Essa lei permite o registro de um nome para um local que se tornou conhecido por produzir, extrair ou fabricar determinado produto ou prestar determinado serviço. Com o interesse das empresas em ostentar esse selo, espero que as empresas aproximem-se da atividade sindical e vejam o sindicato como uma associação na qual fluam informações, parcerias e principalmente novos negócios.

Como o senhor acredita que será possível melhorar os índices no setor madeireiro? Acredita em uma nova política econômica que possibilite isso?

Os indicadores do setor industrial brasileiro têm sido assustadores nos últimos anos. O setor da madeira sofreu menos que os demais, porém pretendemos fomentar a discussão política por um pacto de reindustrialização do Brasil, como um todo. A região de Ponta Grossa é proeminente no setor do agronegócio, porém essa proeminência não reflete diretamente na qualidade de emprego de Ponta Grossa.

Vejo a industrialização das nossas riquezas naturais como a única forma de distribuir a renda para a população local através de mais empregos e maior renda. Serão necessárias várias reformas estruturais no país, para que seja possível essa reindustrialização, e estamos confiantes nas últimas medidas que estão sendo adotadas.

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