Redução do IPI ainda não é suficiente
Presidente do Sindicaf destaca que é necessário reduzir também os encargos trabalhistas
Pesquisas mostram que o ritmo de vendas de materiais de construção no primeiro semestre de 2012 é mais
forte do que no mesmo período do ano passado. Este crescimento ocorre principalmente pela desoneração
do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os materiais. Pela tabela do Governo, o cimento aplicado na construção
fica isento de IPI.
No entanto, para o presidente do Sindicaf, César Luiz Reuter, o aumento das vendas ainda
não é suficiente. "É prioritária a prorrogação da redução do IPI referente
à matéria prima, especialmente ao cimento. Desde janeiro o setor de artefatos de cimento não está
tendo o desempenho que gostaríamos", conta.
Segundo ele, outra medida necessária para conter o desaquecimento
do mercado é a redução dos encargos trabalhistas. "Com isso, a geração de empregos seria
estimulada, por meio das pequenas empresas, que, por sua vez, afetariam toda a cadeia produtiva, aumentando a competitividade
e reduzindo preços", conclui.
Representantes do setor solicitaram que o governo zerasse a alíquota de
todos os produtos de material de construção. Mas, para o presidente da Associação Brasileira da
Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover, uma redução parcial já
seria suficiente para melhorar a situação. "Esse estímulo é muito importante devido à forte
concorrência no setor", afirmou. Cover considera fundamental destravar o crédito para que o setor consiga atingir
o crescimento de 4,5% projetado para este ano.