Porto Morretes tem cachaças premiadas no Concurso Mundial de Bruxelas

Empresa associada recebeu reconhecimento mundial pelos três produtos que foram inscritos

clique para ampliar Tradição, cachaça especial, recebeu o maior prêmio da noite (Foto: Divulgação)

A Porto Morretes, empresa de cachaças orgânicas associada ao Sindibebidas, foi premiada no Concurso Mundial de Bruxelas na categoria para fermentados e destilados de 2012. A premiação é reconhecida mundialmente, mas a edição que avaliou cachaças foi realizada no Brasil.

O diretor presidente e fundador da Porto Morretes, Fulgêncio Torres Viruel, conta que a empresa inscreveu três cachaças e ganhou três prêmios: prata com a cachaça branca, ouro com a cachaça envelhecida e a medalha grande ouro da noite foi para a cachaça tradição, uma cachaça especial. “Havia mais de 60 marcas disputando e levar a medalha de ouro é um sinal de distinção e qualidade”, afirma.

Histórico – A Porto Morretes foi fundada em 2003, mas as vendas tiveram início no ano de 2005. “A cachaça precisa de pelo menos um ou dois anos repousando antes de ser comercializada”, explica Torres.

O maior diferencial da empresa é a produção orgânica, além do certificado de fair trade e a localização, pois Morretes é um local propício para a produção artesanal. “O que nos diferencia, acima de tudo, é que temos um cuidado especial com a qualidade da bebida e não com a quantidade”, diz.

Gargalos – Como em todo comércio, Torres afirma que existem barreiras a serem ultrapassadas. Segundo ele, os principais gargalos são a concorrência com os produtores informais e os tributos. “Diversas empresas não estão registradas nem no Ministério da Agricultura, nem na Receita Federal. Portanto, não precisam seguir a legislação e nem pagar tributos, que no nosso caso representam mais de 60% do valor de venda da cachaça”, conta.

Além disso, o empresário explica, ainda, que o sistema tributário sofre alterações praticamente todos os anos. “Isso causa um problema imenso para nós, pois temos que nos atualizar o tempo todo e nunca sabemos o que pode vir à frente. A cada ano surge uma nova demanda”, conclui.