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Cerca de 100 pesquisadores do Brasil e de outros países se reúnem até esta segunda-feira (10)
na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara(SP) para discutir as novidades na produção de cerveja, cachaça,
vinho e whisky.
Em um dos laboratórios da universidade, o encontro de especialistas no assunto
tem como desafio conquistar o paladar do consumidor. Os pesquisadores aproveitaram para conhecer a cachaça bidestilada
que está sendo desenvolvida no local e aprovaram o sabor.
“É seca, ardente, e esse
sabor agressivo fica na boca, mas não pode picar, dar uma sensação desagradável entre a bochecha
e a gengiva, por exemplo”, explica o engenheiro agrônomo Urgel de Almeida Lima.
Acostumado
com o sabor das uvas, o pesquisador espanhol que estuda a qualidade dos vinhos também aprovou a bebida feita da cana.
A ideia é que esta troca de experiências ajude a melhorar a qualidade da produção.
Técnicas
“Hoje
já temos técnicas que colocamos em um aparelho que separa os componentes para identificar os que são
favoráveis e os que não são”, afirma João Farias, professor da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas.
O grupo aposta na pesquisa para aprimorar a cachaça no país. Um dos
motivos para o sucesso está na maneira de armazenar em vários tonéis com diferentes tipos de madeira,
como carvalho e amendoim.
Cada um dá um tipo diferente de sabor para a bebida e o importante também
é saber o tempo de armazenamento de cada bebida, como o whisky, quanto mais velho, melhor, o que faz a cachaça
brasileira ser sucesso no exterior.
Exportação
Em um alambique da cidade,
são produzidos 50 mil litros da bebida por ano e 20% são exportados para a Inglaterra, onde a bebida é
muito valorizada. “Nós temos a cachaça envelhecida desde dois anos até 10 anos, que tem uma qualidade
muito nobre e é vendida com um preço de um whisky muito famoso lá na Inglaterra”, comenta o produtor
Luís Antonio Vanalli.
A partir do ano que vem, o empresário pretende vender também
para os Estados Unidos e para a África do Sul. Ele acredita que a cachaça ainda tem muito mercado. “É
um produto brasileiro que hoje está em alta, tem qualidade e então tem que convencer a pessoa de lá que
a cachaça é boa”, considera.