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O mercado de bebidas está aquecido e com ótimas perspectivas até o fim do ano. Os brasileiros devem gastar até dezembro R$ 17,75 bilhões, 15% a mais que no ano passado, de acordo com pesquisa do Ibope Inteligência.
As classes média e média alta são responsáveis pelo consumo de mais de 80% do produto. Outro dado interessante é que, apesar da região Sudeste absorver metade do produto por ser mais populosa, o Sul tem o maior gasto per capita do país. O cálculo considera gastos com água, refrigerante, suco, refresco, cerveja, vinho, champanhe e destilados.
A maior parte do potencial de consumo é da classe B, que corresponde a 24,45% dos domicílios e deve responder por 42,65% dos gastos. A classe C aparece na sequência, com 40% do consumo, seguida da classe A, com 10,18%. A menor parcela dos gastos é das classes D e E, responsáveis por 7,1%.
"Nos últimos cinco a dez anos houve expansão, principalmente da classe média, e valorização salarial, o que explica os números", afirma Evânio Felippe, analista técnico da Gerência de Fomento e Desenvolvimento da Fiep. Ele também aponta a mudança no padrão de consumo. "As pessoas com maior poder de compra procuram adquirir produtos mais sofisticados e comprar com mais frequência aqueles que já faziam parte da lista de compras, mas eram consumidos eventualmente", completa.
Maior poder de compra no Sul - Em relação às regiões, metade do consumo virá do Sudeste, onde cada morador deve gastar R$ 117,57 por ano. Já o maior gasto per capita pertence à região Sul, que deve responder por 18,34% do consumo, com gasto per capita de R$ 138,72. "Por mais que outras regiões tenham sido beneficiadas com programas do governo para aumento de renda, a região Sul ainda concentra mais riqueza", explica Evânio. No Sudeste a conta fica mais diluída pelo tamanho da população, que possui diferentes níveis econômicos.
No Centro-oeste, o gasto por pessoa será de R$ 120,22, respondendo por 8,64% do consumo nacional. O menor consumo está na região Norte, com apenas 6,26% do total e gasto de R$ 92,90 por pessoa. O Nordeste tem o menor valor de consumo por pessoa: R$ 75,41, com 16,72% do potencial de consumo do país.