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Mercado premium de cervejas cresce, mas ainda é 7% das bebidas no Brasil

15 de outubro de 2012

O Brasil é o terceiro maior mercado mundial de cervejas, mas ainda engatinha no setor premium. Não à toa, empresários já projetam um crescimento de 13 vezes para este nicho na próxima década. Atualmente, as cervejas especiais equivalem a apenas 7% do consumo da bebida no Brasil.

"O problema é que, nessa porcentagem, então incluídas marcas que não podem ser enquadradas no patamar da cerveja super", pondera Maurício Nogueira, sócio da importadora e fabricante On Trade. "Desses 7%, eu diria que só 2% são de fato direcionados às especiais."

Em média, os brasileiros consomem 140 milhões de hectolitros de cerveja por ano. "Perdemos para a Alemanha em variedade, mas não em consumo per capita", diz Arnaldo Borges, coordenador de marketing do curso de administração da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Os Estados Unidos e a China lideram o ranking.

Com tanto potencial, o mercado das especiais tem chamado a atenção de empreendedores. Entre eles, está Pablo Castro, que se uniu a um sócio para prestar serviços apenas às pequenas empresas do setor. "Nós não importamos nem temos a nossa própria cerveja, mas cuidamos do depósito, logística e distribuição para que o pequeno empresário só se preocupe em importar."

Batizada de Award, a empresa existe há pouco mais de um ano. No início, trabalhava com 42 rótulos de cerveja, e agora já presta serviço para 220. "Para nós, o mercado cresceu 25% nesses últimos meses", afirma Castro.

Desde 2010, o setor tem dobrado o crescimento ante o ano anterior, segundo cálculos de André Cancegliero, especialista em cervejas super premium. Em um ambiente como esse, tanto as marcas nacionais quanto as importadas são beneficiadas. Em 2011, só os rótulos vindos de fora cresceram 101% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento.

Cancegliero também é coordenador da feira Beer Experience, que teve sua segunda edição no último final de semana e acompanha o boom do setor. "No ano passado, tínhamos 19 stands. Agora passamos para 42. A ideia é sempre dobrar o tamanho da feira", diz.

O mundo bate à nossa porta

Para especialistas, o crescimento do mercado de cerveja em países como Alemanha e Estados Unidos é vegetativo, ou seja, não tem mais para onde se expandir. "Já no Brasil, se a renda aumenta um pouco, o consumo das cervejas mais caras explode. Por isso as multinacionais batem aqui procurando uma fatia do mercado", analisa Borges, da Faap.

Ao mesmo tempo que a classe C começou a tomar mais espaço no mercado de consumo, mais pessoas passaram a buscar produtos de desejo, que é onde entram as cervejas de preços médio e elevado, de marcas líderes, explica Adalberto Ziziani, consultor especializado no mercado de bebidas e alimentos da Concept.

"O que acontece, então, com o consumidor de cerveja das classes A e B? Ele quer exclusividade e começa a migrar com mais intensidade para produtos diferenciados e exclusivos", analisa Ziziani.

O preço certamente é um ponto que diferencia a premium da comum. Em média, uma garrafa de 600 ml no alto serviço (prateleira) custa a partir de R$ 9, enquanto, no bar, R$ 14.

Um cubículo, mas com muito valor agregado

Ronaldo Rossi, chefe de cozinha e consultor de gastronomia, abriu um bar especializado em cervejas especiais há cerca de um ano na cidade de São Paulo. "O crescimento é grande e explosivo. E eu estou junto aproveitando", conta Rossi, que começou o negócio com 220 rótulos e, hoje, oferece 480.

"De uns tempos para cá, muitas pessoas acabaram tendo a possibilidade de gastar R$ 20 por semana com cervejas. Em vez de ir a um boteco e tomar três geladas, esse consumidor encosta no meu balcão, toma uma especial e sai sorrindo. Esse cara entendeu o conceito do 'beba melhor'", diz Rossi.

Nada de chocolate, queremos cerveja!

Arnaud Vermeire é belga, mas, como ele mesmo diz, seu negócio é o Brasil e a cerveja. Mas nem sempre foi assim. O empresário chegou ao País em 2010 para trabalhar com importação de chocolate belga. Mas não precisou muito para que desistisse de ter o doce como negócio principal e migrasse para as geladas. "Temos de vender muito chocolate para ter o lucro que temos com cervejas." Hoje, 90% de seu negócio é direcionado à importação de cervejas especiais belgas.

Arnaud acabou de descarregar a primeira leva de cervejas da sua empresa, a Jam, e não vai mudar de ramo tão cedo. "É um negócio que cresce em exponencial." Outra mudança se deu na abrangência dos serviços. "Só importava chocolate para São Paulo. A cerveja, por outro lado, tem encomendas para o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Belo Horizonte, Belém e Santa Catarina."


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