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A Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR), projeto idealizado pelo Sindibebidas PR
em parceria com a Fiep, o Sesi e o Senai, acaba de ganhar uma nova usina. No dia 30 de julho foi finalizada a instalação
dos equipamentos para a reciclagem de garrafas PET, que vai processar as embalagens recebidas das associações
de catadores. O material que chegar será transformado em "flakes", como se chama a garrafa quando picada em pedacinhos,
que futuramente serão vendidos para reaproveitamento nas indústrias.
Segundo o presidente do Sindibebidas,
Nilo Cini Junior, a instalação da usina é resultado do envolvimento das empresas participantes do projeto,
unidas por um mesmo propósito e comprometidas com a destinação final de suas embalagens. "Evidente que
somente esta usina não é capaz de absorver toda a demanda de embalagens gerada na Região Metropolitana
de Curitiba (RMC), mas é um exemplo a ser seguido, tanto no modelo desenvolvido, quanto no incentivo a investidores
que trabalham com reciclagem", afirma.
Cini reforça ainda que, para resultados ainda melhores, será necessária
uma ação conjunta. "É fundamental que toda a sociedade, entidades, governos, associações
e ONGs unam esforços para mudar a cultura da separação de resíduos. Precisamos reduzir o grande
volume de material reciclável enviado aos aterros sanitários", diz.
A usina vai funcionar durante 8 horas
por dia nos dias úteis, com capacidade de processar 100 kg por hora, o que representa cerca de 16 toneladas ao mês.
"Setores como o de confecção e de embalagens, exceto as destinadas ao ramo alimentício, serão
muito beneficiados pela instalação", explica o executivo do Sindibebidas, Luis Roberto dos Santos.
Central
- A Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR), instalada em Pinhais (RMC), foi inaugurada
em abril de 2012 e vai beneficiar cerca de três mil famílias, gerando cerca de 170 empregos diretos. O lucro
com a venda das embalagens irá para as famílias dos catadores, por meio das associações participantes.
O projeto de cunho socioambiental, que recebeu investimento de R$ 1,3 milhão, envolve cerca de 50 empresas e 23 associações
de catadores de material reciclável.
O objetivo é reciclar e comercializar embalagens de resíduos
sólidos, como vidros, latas, garrafas pet, papéis e papelão. No Brasil, 55% das embalagens utilizadas
são recicladas, colocando o país no segundo no ranking de reaproveitamento de PET. Profissionais explicam que
o material pode demorar séculos para se decompor, por isso a importância da separação correta para
a reciclagem.