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Ponto de divergência entre a Fifa e o governo brasileiro, a liberação do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo está sob responsabilidade de cada uma das 12 cidades-sede da competição de seleções. O planejamento, porém, é não haver discrepância na decisão e buscar, assim, uma decisão uniforme entre elas.
"Há um compromisso do governo para fazer a Copa como um todo, e temos um projeto de unificar as ações. Queremos uniformizar entre as cidades a aplicação da Lei Geral da Copa", discursou o Secretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Julio Semeghini, já prevendo resistências em relação à liberação de bebidas alcoólicas.
"Temos uma problema, pois quase todas as cidades tem suas próprias leis, como São Paulo, que possui leis estaduais e municipais que proíbem a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. A Lei Geral abre exceção só para o momento dos jogos da Copa. O importante é que este seja um compromisso do Brasil, não de cada cidade", completou.
Após longas negociações, a presidente do Brasil, Dilma Rouseff, sancionou no dia 5 de junho a Lei Geral da Copa, na qual suprimiu o artigo do Estatuto do Torcedor que vedava a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios. A entidade que organiza o Mundial, por sua vez, queria a autorização definitiva para o consumo.
Durante o 4º Fórum de cidades-sede da Copa-2014, que aconteceu nesta sexta-feira, esta foi uma das questões abordadas. O prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, também ressaltou seu apoio à decisão da liberação durante o Mundial. Embora a Lei não tenha agradado totalmente a Fifa, Valcke afirmou que não haverá problemas em conversas diretamente com cada sede pela autorização.
Para colaborar em busca do fim deste impasse, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, revelou que tem conversado com os estados para resolver esta questão. "Tanto o governo federal, quanto as cidades e os estados têm interesse em resolver todos os obstáculos para realizar uma Copa do Mundo com o mais elevado nível de harmonia", ressaltou.