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Os empresários devem ficar atentos para o aparecimento de casos de abusos e dependência do uso de drogas lícitas e ilícitas por parte dos trabalhadores. Em alguns casos, a procura pelas drogas pode funcionar como uma compensação para tentar achar um equilíbrio no dia a dia. “A química traz uma solução imediata ilusória na tentativa de restabelecer o bem-estar, mas com consequências que normalmente são desastrosas”, afirma Fábio Fontoura, coordenador técnico de negócios do eixo de prevenção ao uso de álcool e outras drogas do programa Cuide-se +, promovido pelo Sesi.
Não é fácil a identificação deste problema dentro da empresa. É necessário analisar uma série de fatores associados, entre eles o absenteísmo (faltas constantes), envolvimento em acidentes de trabalho, queda de produtividade, comprometimento das relações interpessoais e mudança de hábitos, inclusive de higiene pessoal. “Esta é uma situação delicada e a abordagem inadequada pode trazer sérias consequências”, alerta Fontoura.
É preciso ter uma visão mais abrangente considerando também os chamados co-dependentes, pessoas relacionadas com os dependentes químicos, como parentes e cônjuges. Quem tem uma relação de proximidade pode também apresentar dificuldades parecidas com os dependentes, como isolamento, (e) falta ao trabalho, entre outros.
De acordo com Fontoura, a empresa precisa estar preparada para lidar com esta situação, por meio de um programa de prevenção e de suporte, com a ajuda de profissionais que estejam treinados para lidar com esta questão. “A empresa deve entender que discriminar, condenar, excluir ou ignorar funcionários que apresentem abuso ou dependência de álcool e outras drogas, além de gerar sofrimento ao funcionário, causará dificuldades trabalhistas”, ressalta.
Por isso, a indústria deve procurar além de apoio na área de saúde, os setores jurídicos competentes. “É importante que se entenda que a prevenção será sempre o melhor caminho”, salienta.
O programa Cuide-se +, do Sesi, pode ajudar a indústria a lidar com a prevenção a situações de abuso e dependência de substâncias químicas. Uma das linhas do projeto é a prevenção, levando este assunto para dentro do ambiente de trabalho, mas “considerando a cultura organizacional” da empresa, segundo Fontoura. O Cuide-se + conta com uma metodologia e ferramentas reconhecidas pela comunidade internacional para atuar na prevenção e auxílio. “O colaborador passa a entender que a empresa está disposta a ajudá-lo. A pessoa confia e aceita a ajuda”, explica o coordenador.
Por que não estender este programa para a população como um todo, pois o problema de dependência química deveria ser abrangente, pois a situação já saiu do controle, trazendo a tristeza, a desagregação de famílias e dependentes. É necessário urgência nas ações de ajuda a todos. Nem todos têem condições financeiras para pagar uma clinica para tratamento e o custo é muito alto. O problema é maior do que se imagina, é uma questão de saúde publica, segurança, proteção aos adolescentes que compõem a população mais aliciada pelos traficantes, que usam crianças para iniciação nas drogas e depois ainda as usam como "aviaozinhos" É muito triste ver uma situação como a que estamos vivendo. Fica a dica.