Governo do Estado fará novo repasse do programa do Calcário

Medida irá beneficiar 22 municípios com apoio de até R$ 140 mil; convênios serão celebrados no início de 2013

Mais 22 municípios receberão repasses do Governo Estadual, por meio do programa do Calcário. Os convênios serão celebrados no início de 2013 e a expectativa é de que o produto chegue ao agricultor ainda no primeiro trimestre. Os repasses estão previstos na Lei nº 11.175/1995, que estabelece subsídio do governo estadual de até 70% do custo final do calcário para micro e pequenos produtores rurais atendidos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Para o presidente do Sindemcap, Vitor Hugo Johnson a ação movimenta o mercado e aquece os negócios. "Além disso, é de fundamental importância a distribuição deste produto aos produtores mais carentes", afirma.

O engenheiro agrônomo do Departamento de Desenvolvimento Agropecuário (Deagro), Marco Antônio Gonçalves, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) conta que os municípios já foram definidos com antecedência e que não existe possibilidade de inclusão nesta fase. O engenheiro também diz que, em média, 100 agricultores são beneficiados por município. Em contrapartida ao apoio do Governo do Estado, os municípios ficam encarregados de pagamento de parte dos custos, distribuição e espalhamento do produto.

O programa do Calcário foi retomado no governo Beto Richa. "Há mais de dez anos o Paraná não tinha um programa de distribuição de calcário. Isso foi retomado porque é essencial para os produtores rurais que dão uma contribuição para o desenvolvimento do Estado", diz o governador.

Entre 2011 e 2012 já foram realizados 190 convênios, com investimento total por parte do governo estadual de R$ 12 milhões na distribuição de 220 mil toneladas e atendimento a 232 municípios.

O calcário tem aplicação fundamental na correção do solo e representa uma alternativa mais barata do que o adubo, que desempenha a mesma função. O calcário é aplicado de 60 a 90 dias antes do plantio e possibilita que o solo fique menos ácido e disponibilize mais nutrientes às plantas. "Com solo mais adequado as lavouras se desenvolvem melhor e ocorre um aumento de produtividade, que gera aumento de renda o que, consequentemente, traz melhor qualidade de vida ao agricultor", finaliza Gonçalves.