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Baixa produtividade afeta economia brasileira

Investimento em infraestrutura, políticas públicas, capacitação e desoneração dos tributos são caminhos para reverter o quadro

clique para ampliarclique para ampliarA produtividade pode ser conceituada como produzir mais sem aumentar o quadro de funcionários (Foto: Freeimages)

Até os anos 1980, os índices de produtividade brasileiros cresceram relativamente rápido em função de uma mudança estrutural da economia. A população migrou para as cidades e engrossou as filas de trabalhadores da indústria e serviços. Nos últimos anos, as indústrias brasileiras aumentaram sua produção contratando mais gente. Agora que os índices de desemprego estão em patamares historicamente baixos, há certo consenso entre especialistas, industriais e integrantes do governo de que, para a economia voltar a crescer em ritmo acelerado, é preciso aumentar a produtividade do trabalhador brasileiro.

Marcos Rambalducci, professor de economia da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR), explica que quando a produtividade cai, a renda também despenca. Isto significa que o salário real da população brasileira está ligado à produtividade. “Quando a produtividade cai, o valor do produto aumenta. Se aumentar a capacidade de renda de uma família em 20%, é preciso aumentar em 20% o ganho de produtividade”, comenta.

Mas, afinal, o que é produtividade? De forma simplificada, se uma indústria produz 100 bolos em um mês e no seguinte consegue produzir 200 sem comprar novas máquinas nem contratar novos trabalhadores (ou pedir que seus funcionários façam horas extras), teve um ganho de eficiência ou de "produtividade".

O professor aponta os caminhos que podem mudar os rumos da produtividade brasileira. As melhorias na infraestrutura, principalmente no que diz respeito à logística, são observadas pelo economista como fundamentais para que o país seja capaz de produzir mais. “Se ao invés de construírem estádios fossem feitos investimentos no sistema modal de transportes, teríamos um efeito multiplicador na cadeia produtiva”, avalia.

Outra questão que deve ser priorizada é a educação. “O capital nas mãos de quem tem conhecimento agrega valor aos produtos desenvolvidos. A inovação dos processos está associada à educação e permite que, com os mesmos produtos disponíveis, o índice de produtividade seja maior. Quanto maior o nível de escolaridade, maiores serão as chances de inovar e, consequentemente, de aumentar a produtividade”, analisa Rambalducci.

O último fator é a criação de políticas públicas, entre elas, um maior estímulo à atividade industrial. Na visão do economista, é possível perceber incentivos na prestação de serviços, cujo campo de atuação está circunscrito a uma área delimitada. Por outro lado, a atividade industrial oferece um ganho em escala e aumenta a produtividade. “Um cabelereiro, por exemplo, tem sua produção diária limitada. Esse é um exemplo de produto ‘no tradable’, expressão em inglês para produtos ‘não negociáveis’, isto é, que não podem ser exportados”, frisa o economista.

Na opinião de Sebastião Ferreira Martins Júnior, da diretoria da Fiep, o governo federal já investiu em políticas públicas como acesso facilitado a linhas de crédito, mas precisa dar mais atenção à questão tributária. “Precisamos de uma redução de impostos, sem falta. No Brasil, a produção é tributada e não o consumo, o que é um desestímulo. Deveria ser om contrário. A alta carga tributária está afetando a competitividade das nossas indústrias. Precisamos de uma desoneração de forma sistêmica, e não apenas da linha branca como foi feito durante a crise”, alerta.

Martins Júnior também chama a atenção para a necessidade de uma reforma administrativa. “Um exemplo é a questão ambiental. Temos uma interposição, normas diferentes nas esferas municipal, estadual e federal. Precisamos de mais eficiência na máquina pública”, observa.

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