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No dia 2 de setembro, a Fiep organizou o seminário "A Desindustrialização do Brasil". O evento contou
com a participação de autoridades e diversos nomes conhecidos da política, economia e indústria,
como Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda; Ignacy Sachs, economista e sociólogo polonês; Nelson
Marconi, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP); José Oreiro Costa, economista da Universidade
de Brasília (UnB); e Gilmar Lourenço, presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico
e Social (Ipardes). A desindustrialização é um fenômeno normal em qualquer economia, porém, no Brasil, assusta
o fato dela surgir de forma tão prematura. A análise é do ex-ministro Bresser-Pereira, que aponta o caso
de países da Europa, onde a desindustrialização vem como consequência da migração
da mão de obra especializada para setores mais sofisticados do que a indústria, como consultorias, serviços
tecnológicos e financeiros. Este, porém, não é o caso do Brasil, cujo diagnóstico da desindustrialização
tem outros motivos, como o descompasso do câmbio e da taxa de juros em relação a outras economias. Segundo dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em 1984 a participação
do setor industrial na composição do Produto Interno Bruto (PIB) era de 35,9%. Em julho de 2011, esta participação
era de apenas 15,8%. Segundo o economista Nelson Marconi, o quadro é ainda pior quando avançamos mais longe
na história: "A participação da indústria no PIB brasileiro hoje é menor da que se registrava
em 1947", aponta. Infraestrutura - De acordo com os palestrantes, outro fator que mina a competitividade das indústrias
brasileiras e eleva de modo geral o chamado "custo Brasil" é a infraestrutura deficiente, que aumenta os custos das
operações industriais e de transporte. "Perdemos para a China, não porque as empresas deles são
mais eficientes, mas porque sua taxa de câmbio é muito favorável", observa Bresser-Pereira. Para Gilmar Lourenço, do Ipardes, é necessário promover as reformas tributária, fiscal e trabalhista
para que seja possível realizar os investimentos necessários nesta área. Na opinião de Bresser-Pereira,
infraestrutura é papel do Estado, que deveria ter uma poupança pública maior para poder investir mais
neste setor. "É uma área que não é controlada pelo mercado, então não há
razão para ficar com o setor privado", avalia. Veja mais em vídeo, abaixo.