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Com respeito ao segmento de reforma de pneus, seguem algumas considerações importantes acerca da atividade desempenhada pelo setor e sua importância e necessidade para a economia e o meio ambiente.
O Brasil apresenta o segundo mercado mundial de reforma de pneus, atrás apenas dos Estados Unidos. No país norte-americano, a reforma não só atende à população e às empresas de transporte, mas toda a frota do exército, além dos carros oficiais e dos veículos do sistema de transporte público.
Há mais de 60 anos, o processo de reforma é praticado no Brasil com o nível técnico de padrão internacional. A tecnologia é proveniente dos EUA e dos países da Europa, o que proporciona altos índices de qualidade.
Atualmente, existem no Brasil cerca de 1.600 reformadoras de pneus e aproximadamente 30 fábricas de borrachas para reforma de pneus. As atividades do setor geram mais de 50.000 empregos diretos, e se for consideradas as demais empresas provenientes desse segmento, tais como revendedores, borracharias e fornecedores, esse número chega a quase 160.000 postos de trabalho.
O setor de transporte apresenta números importantes sobre a reforma de pneus, pois o pneu é o 2º ou o 3º maior custo do transporte rodoviário. O pneu reformado possui rendimento quilométrico semelhante ao novo. No entanto, seu valor é 75% mais econômico para o consumidor e apresenta uma redução de 57% no custo/km para o setor de transporte.
Assim, se dois terços dos pneus de carga em uso são reformados, demonstra-se extremamente significativa a economia gerada por esse fator:
* Reposição no mercado de mais de 7,6 milhões de pneus da linha caminhão/ônibus;
* Economia ao setor de transportes em torno de R$ 5,6 bilhões ao ano;
* Economia de 57 litros de petróleo por pneu reformado na linha caminhão/ônibus, e de 17 litros para a linha automóvel, economizando no total 500 milhões de litros/ano;
* Maior geração de empregos (onde se ocupa 1 funcionário na fabricação de um pneu novo, se ocupam 7 na atividade de reforma de pneus).
Os números não só confirmam a vantagem econômica ao utilizar um pneu reformado, mas também a sua relevância no aspecto ecológico. Esses dados demonstram um prolongamento da vida útil do pneu, material que, se descartado incorretamente, é nocivo ao meio ambiente.
Nesse sentido, vale ressaltar que a borracha que compõe um pneu é de difícil decomposição e causa danos ao meio ambiente. Com a reforma, é evitado o descarte de pneus usados no meio ambiente. Reformar pneus é uma opção econômica, segura e ecologicamente correta. Reformar pneus é uma maneira de reconstruir pneus usados, melhorando suas características, aprimorando seu uso, restaurando partes danificadas e corrigindo possíveis imperfeições adquiridas durante o uso.
Vale ressaltar também que essa prática não é poluidora. E seus resíduos sólidos são reciclados, gerando outras atividades e produtos, como apresentado no quadro 1, abaixo.
As carcaças inservíveis - aquelas que não podem ser mais reformadas pelas condições que se encontram após sua retirada de uso - têm uma destinação própria junto a outros resíduos provenientes da atividade de reforma de pneus, tais como raspas de borracha, pó de borracha e lascas de pneus obtidos na raspagem.
O quadro abaixo mostra como se procede a destinação final ambientalmente correta e o consequente reaproveitamento dos resíduos que poderiam estar poluindo o meio ambiente. Vale citar que a reutilização dos materiais desenvolve uma cadeia econômica que alimenta outras indústrias.
Fonte: AMIRP, 2009
Aqui cabe uma informação de extrema relevância, onde vale pontuar que o Brasil não importa mais pneus usados para reforma, excluindo essa prática, sanando por completo um dos pontos mais sensíveis e polêmicos da atividade de reforma de pneus.
Um estudo feito pelo Centro de Remanufatura e Reuso, divulgado no informativo Tire Retread & Repair Information Bureau (TRIB), mostrou que a reforma de pneus produz 30% menos gás carbônico (CO²) que a fabricação de pneus novos sendo, portanto, mais "verde".
Na fabricação de um pneu comercial leve aro 17,5 são emitidos 86,9 kg de CO² contra 60,5 kg na reforma. A energia necessária para fabricar o mesmo pneu novo produz 31 kg de CO², enquanto na reforma a energia empregada gera 22 kg de CO², o que significa uma redução de 29% para se reformar um pneu de mesma medida.
Em geral, a pesquisa do instituto demonstrou que pneus reformados são benéficos ao meio ambiente, pois com a reforma de pneus de veículos comerciais ligeiros reduz a emissão de dióxido de carbono em 26,4 kg (58.2 libras) e a necessidade de materiais em 17,6 kg (38.8 libras), ou seja, a redução em percentual chega a 33% a menos em poluição para o meio ambiente relativo ao CO².
Fonte: ABR, 2008
A partir dessas informações, segue abaixo uma tabela comparativa, que analisa a economia de recursos naturais proporcionada pela reforma de pneu e o quanto se evita em emissões de CO² na atmosfera.
De acordo com um estudo feito pela ABR (Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus), estima-se que a reforma de pneus no Brasil chegue a 19,9 milhões pneus reformados por ano.
Tomando como base os percentua