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O presidente da ABR, Roberto de Oliveira, revela que o setor de segmento de reforma de pneus passou por dificuldades no segundo semestre de 2014, com a desaceleração da economia. A demanda por serviços diminuiu, o que impactou no resultado das empresas. Em entrevista ao Boletim da Indústria, Oliveira ainda destacou que 2015 será um ano de bastante cautela. Confira:
Boletim da Indústria - Na sua opinião, quais foram os destaques do setor em 2014?
Roberto de Oliveira – Um dos principais destaques foi a aprovação, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, da emenda na Medida Provisória que zera o PIS e Cofins para o setor. No entanto, a presidência vetou. Mas ainda teremos a oportunidade até março de 2015 de derrubar este veto da presidente Dilma Rousseff.
A ABR promoveu uma série de encontros regionais em 2014, incluindo um em Curitiba, com a parceria do SINDBORPR. Como foi esta aproximação com o setor e quais os assuntos mais abordados?
Existem assuntos que estão sendo discutidos em todos os setores. Um deles é a Norma Regulamentadora 12 (NR-12), relacionada à segurança. Todo o segmento não está preparado ainda, com seus maquinários usados já adaptados. Os novos já vêm na conformidade da norma. Mas como a legislação exige que os equipamentos antigos também sejam adaptados, este é um problema para o setor. Outro assunto bastante discutido está relacionado com os Speds, o Fiscal, Contábil e o eSocial. Muitos contadores não estão preparados para adequar as reformadoras nestes sistemas.
Muitos setores estão reclamando dos resultados em 2014, em função da desaceleração da economia. O segmento de reforma de pneus também foi afetado por isto?
Sim, também ocorreu uma queda no segundo semestre no volume de serviços. Não teve como escapar.
Para 2015, a retomada vai depender exclusivamente do andamento da economia? O empresário pode tomar alguma ação para alavancar os negócios?
Vai depender da economia, pois para o transporte precisa-se da logística. A indústria tem que produzir mais para transportar mais. Consequentemente há o desgaste de pneus dos caminhões e neste ponto entra a reforma. O grande receio nosso é a possibilidade de falta de energia porque os reservatórios estão muito baixos e, se não tiver chuva suficiente, mesmo que a economia melhore, não vai ter como produzir por escassez de energia elétrica.
Quais são os desafios para o ano que vem?
Não apenas para 2015, mas até 2020, temos o desafio do inventário do gás efeito estufa. Nós, como reformadores, fomos convidados a fazer “empresas-piloto” no Rio de Janeiro. Fomos muito bem. A reforma está em cerca de 30% inferior ao mínimo exigido de emissão de gás de efeito estufa. Levando isto em conta, por economizar petróleo no pneu reformado, em relação ao pneu novo, deixa-se de ser emitido CO2. Isto é muito positivo e num futuro muito próximo será transformado em créditos de carbono.
Qual a mensagem que o senhor deixa aos associados e ao setor de maneira geral? É possível deixar uma mensagem de otimismo para 2015?
Não diria de otimismo, mas sim de cuidado. É necessário reduzir custos e investir o mínimo possível porque não se sabe o que vai acontecer.