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O presidente da ABR, Roberto de Oliveira, proferiu palestra durante a PneuShow, um dos eventos mais importantes do setor no País e que foi realizado no fim de abril em São Paulo. O tema de sua apresentação foi “O Brasil Sem a Reforma de Pneus? Benefícios e Impactos da Reforma no Meio Ambiente e Sustentabilidade do País”. Oliveira explica, em entrevista exclusiva ao Boletim da Indústria, porque escolheu este tema para a sua palestra durante o evento.
Segundo o presidente da ABR, após uma reportagem veiculada no Bom Dia Brasil, da Rede Globo, o âncora do telejornal comentou que a reforma de pneus deveria ser proibida. “Hoje, se fosse proibida a reforma de pneus, vários problemas aconteceriam”, comenta.
Entre eles estão a enorme despesa dos setores de transporte de carga, logística e transporte de passageiros, que teriam que desembolsar mais de R$ 7 bilhões a mais como custo fixo. Este valor é equivalente à diferença do preço médio do pneu novo para a média cobrada pelo pneu reformado, multiplicado pela produção de reforma de pneus em 2013, que foi de nove milhões de unidades.
“Os governos nas três esferas (municipal, estadual e federal) deixariam de arrecadar R$ 1 bilhão em tributos por ano. Mais de 250 mil postos de trabalho teriam que ser relocados”, afirma Oliveira.
Ainda de acordo com ele, o País gastaria 600 milhões de litros de petróleo a mais para bancar a fabricação de pneus novos (fonte Tire Retread & Repair Information Bureau) e emitiria 1.630.000.000 metros cúbicos de CO2 (fonte ABNT). “Mais de nove milhões de pneus comerciais usados e 10,1 milhões de pneus de automóveis seriam jogados no meio ambiente, causando assoreamento de rios, lagos e lagoas. Também impactaria na poluição de bosques, alagamentos e proliferação de vetores”, explica.
Sem o setor de reforma de pneus, o Brasil sofreria com a falta de nove milhões de pneus no mercado, com a paralisação de caminhões em virtude da escassez de pneus, desabastecimento geral de mercadorias, aumento de importações de pneus (o que afetaria a balança comercial), aumento no custo do frete, aumento da passagem do transporte público e crescimento da inflação.
“Pensando somente os benefícios para o meio ambiente já vale a pena reforma pneus. Claro que é preciso obedecer às portarias do Inmetro, como também as regras do IBAMA”, enfatiza Oliveira. “O objetivo foi informar e mostrar a grandeza da reforma de pneus no Brasil, que é o segundo mercado do mundo, depois dos Estados Unidos”, conta o presidente da ABR.