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Pneu garante performance com óleo de laranja

13 de fevereiro de 2013

No jargão automobilístico, Laranjinha é o nome de uma curva do autódromo de Interlagos em que, quem não a conseguia contornar com o pé embaixo era maldosamente apelidado de "laranja". Só que a fruta cítrica rica em vitamina C agora ganha uma nova função: depois de pesquisar, a fabricante de pneus Yokohama descobriu que o óleo da laranja torna a banda de rodagem mais maleável e melhora o desempenho do pneu em condições de baixa aderência.

Isso além de contribuir com a preservação do meio ambiente, pois reduz o uso de derivados de petróleo. Simples explicar: o óleo de laranja tem em sua composição uma afinidade muito grande com a borracha, pois é fácil de misturar em polímeros. A borracha dos pneus de corrida chega a uma temperatura muito elevada – aproximadamente 100℃.

Ao misturar o óleo de laranja ao composto, ocorre um aumento da resistência dos pneus às altas temperaturas, proporcionando também um maior nível de aderência. O resultado se traduz em maior aderência, menor perda de performance, melhor dirigibilidade e estabilidade e menor desgaste.

Responsáveis por serem os pontos de contato entre o veículo e o solo, os pneus acumulam funções que vão além da segurança, que encabeça a lista de prioridades de qualquer fabricante do componente. Performance, conforto, economia e sustentabilidade também são conceitos que cada vez mais fazem parte do vocabulário da indústria.

Carpress foi a Ronda, no sul da Espanha, bem pertinho da mítica Jerez de La Frontera, conhecer o novo pneu Yokohama Advan Sport V105. A empresa deixa claro que, com o novo produto, seu compromisso é com performance e conforto, dando ênfase ao primeiro item. Esses pneus, que substituem a linha V103, são a principal aposta da fabricante japonesa para o mercado europeu.

Isso fica claro após conferir a lista de carros sairão de fábrica com esse produto – entre eles, Audi A7 e S8, Porsche 911 e Cayenne e Mercedes-Benz CLS e SL. O produto será lançado no Brasil no final deste mês.

Enfatizar o mercado europeu coloca a fabricante em rota de colisão com outra marca de prestígio: a Continental. "Posso dizer que eles são o nosso principal concorrente e que há um desafio extra em atuar na 'casa' deles", afirma Shuho Kawaguchi, um dos responsáveis pelo departamento de planejamento de produto da Yokohama.

Kawaguchi explica que, ao contrário do que muitos acreditam, o desenvolvimento de um pneu de alta performance começa sempre com a solicitação de uma fabricante de carros. "Com o Advan V105 não foi diferente. Há cerca de cinco anos, recebemos um pedido para desenvolver um pneu que seria utilizado em um carro alemão. Esse foi o início dos estudos para chegarmos ao V105."

Entre principais novidades do novo modelo, estão a forma de construção, que utiliza a chamada "matrix", nas dobras do pneu. Com isso o pneu se deforma menos em curvas, o que melhora a dirigibilidade. Outro processo inovador está na utilização de um agente dispersor de sílica, que quebra as partículas desse material e ajuda na aderência em pisos molhados.

"Dessas novidades, certamente utilizar a ‘matrix’ foi a mais difícil, pois demandou mudanças físicas na nossa fábrica e um alto investimento", explica Kawaguchi. Ao todo, o V105 está disponível em 36 medidas distintas, com tamanhos variando do aro 16 ao aro 20 polegadas.

O resultado das mudanças foi comprovado na prática, em uma bateria de testes realizada no autódromo Ascari Race Resort, em Ronda. Com quase 5,5 quilômetros de extensão, a pista foi dividida em três porções, com a finalidade de avaliar parâmetros diferentes dos pneus, incluindo uma seção molhada para analisar o desempenho dos compostos em situações de chuva.

Em diversas situações foi possível comparar o V105 com o seu antecessor, o V103. Após o teste é possível dizer que a evolução ocorreu em todos os parâmetros. Os mais notáveis, contudo, foram a estabilidade no molhado, maior resistência à derrapagem no seco e ruído inferior. Em curvas feitas em alta velocidade, o som do pneu desgarrando era muito mais percebido quando o carro utilizava o V103.

Outro sintoma perceptível foi a entrada em ação dos sistemas de segurança dos modelos, tanto o ESP (controle eletrônico de estabilidade) quanto o controle de tração, que agiam antes nos carros equipados com o V103. Os modelos utilizados para o teste variavam entre Audi A4, Mercedes-Benz CLS e SL e BMW Série 3.

Em uma das sessões de experimentação, ninguém menos que Ukyo Katayama, piloto japonês que correu na Fórmula 1 de 1992 a 1997, era o responsável por conduzir jornalistas em uma volta rápida a bordo de um Audi R8 por um trecho do autódromo.

Sem fábrica no Brasil

Em um primeiro momento, o Advan Sport V105 só chegará ao Brasil equipando modelos de luxo e alta performance. A marca divulga que no mercado brasileiro, o foco são as linhas A-Drive (para compactos e médios) e C-Drive (sedãs grandes, peruas, cupês, cabriolets e monovolumes). Outro plano da companhia, que era o de ter uma fábrica no país, ainda está indefinido.

"É um mercado que nos interessa, sem dúvida, porém ainda estamos analisando a possibilidade de fabricarmos nossos pneus lá. Não está descartado, mas também não há nenhum plano concreto", afirma Shinsuke Kimura, do departamento de marketing e vendas da Yokohama.

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