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A Goodyear vem anunciando as pesquisas sobre o pneu ecológico desde 2009. No fim de dezembro passado, a empresa
Genencor, parceira da fabricante de pneus, apresentou evoluções no estudo que utiliza matéria-prima renovável
como base do produto em vez de petróleo. Foram produzidos protótipos do pneu verde que já estão
em teste. A expectativa da empresa é que em três anos ele esteja disponível para comercialização.
A principal matéria-prima para os pneus é o petróleo, embora se utilize também a
borracha natural, que é renovável - gasta-se cerca de 30 litros de petróleo para fabricar o pneu de um
carro médio.
A Genencor, empresa de biotecnologia, desenvolveu micróbios que imitam o processo natural que a seringueira usa
para produzir o látex. Esses micróbios usam como matéria-prima o açúcar comum, produzindo
um composto químico chamado isopreno, hoje só obtido por meio do petróleo. O isopreno tem várias
utilizações que vão desde a fabricação de pneus, de luvas cirúrgicas e produtos
de higiene feminina até adesivos de alta fusão e copolímeros de bloco. Sua produção atinge
quase um bilhão de toneladas anuais.
"Este é um mercado enorme," disse Joseph McAuliffe, pesquisador
da Genecor. "O bioisopreno servirá como uma alternativa renovável e economicamente competitiva ao isopreno.
É o tipo de material que poderá abrir novos mercados, por isso eu acredito os números de consumo atual
do isopreno subirão muito quando o isopreno renovável estiver disponível", prevê o pesquisador.
Ele afirma que o isopreno derivado da biomassa poderá estar no mercado dentro de cinco anos, viabilizando a produção
dos pneus verdes. A fabricante de pneus Michelin também se uniu com uma empresa do setor de biotecnologia para entrar
nesta briga.