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As pessoas podem não trocar de carro, mas trocam de pneu

10 de novembro de 2011

Principal executivo da Pirelli encara a crise europeia e italiana com otimismo cauteloso

Estela Silva

Marco Tronchetti Provera, presidente da Pirelli, é um executivo de fala calma que já enfrentou algumas crises. Uma delas, quando estava à frente de Telecom Italia e tentou vender a companhia para a americana AT&T, mas foi impedido pelo governo italiano.

E agora, novamente, a política vem interferindo na economia, já que a riqueza do país está sendo destinada a pagamento de dívidas externas. A labareda pode virar incêndio após a possível renúncia do primeiro- ministro Silvio Berlusconi e seu o pedido de eleições antecipadas.

Provera parece não estar abalado com a troca de comando na Itália.

Qual deverá ser o impacto da saída de Berlusconi e da crise italiana para a Pirelli? No curto prazo não deve acontecer nenhum impacto para nós.

Somos uma empresa global.

Mesmo na Europa, com a diminuição do consumo em geral, as pessoas podem deixar de comprar um carro mas não podem deixar de comprar os pneus e o mercado de reposição representa mais de 70% das nossas operações.

Mas no longo prazo todos podem ser afetados.O parlamento europeu é palco de conflito de vários partidos e embora não gostaríamos de muito envolvimento político, sabemos que teremos um custo social alto para restabelecer a estabilidade do país, já que o produto nacional bruto esta sendo usado para pagar nossa dívida.

O que pode acontecer com o mercado europeu? O continente é líder absoluto no segmento premium, que consiste basicamente em pneus de alta performance e para inverno, preparados para a neve. Como a maior parte dos automóveis sofisticados é alemã, como Audi, BMW e Mercedes, é aqui o mercado premium. Quando essas fábricas se instalam em outros países, vamos atrás delas.

Temos uma fábrica de pneus na China somente para este segmento porque existem muitas montadoras lá.

Quais os planos para o Brasil? O Brasil tem cinco fábricas, mas ainda está amadurecendo no segmento premium, pois faz pouco tempo que os automóveis importados chegaram. Nosso foco são as parcerias com as fábricas de automóveis, nossos pneus já saem de fábrica com eles. Como o país está enriquecendo, acho que vamos aumentar nossa participação nesse mercado, que atualmente é de 3 milhões de unidades. Mas também sabemos que as cidades brasileiras são perigosas e as pessoas são cautelosas para comprar um carro caro. Já produzimos estes pneus no país. No entanto, a fábrica do México estará mais focada nisso, que produzirá para o Nafta.

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Teremos investimentos recorde de US$ 600 milhões na América Latina deste ano até 2013. Com isso, fizemos um arranjo das unidades para priorizar a produção e o comércio localmente, ou seja, deixamos de mandar pneus do Brasil para o México, e a Argentina terá uma fábrica que também ajudará a abastecer o mercado brasileiro num primeiro momento

 

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