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Estudo da Proteste conclui que maioria interfere no acionamento dos pedais
Fabricantes contestam metodologia e dizem que, se bem posicionado e travado, tapete não gera risco à direção
FELIPE NÓBREGA
Um dos acessórios que o brasileiro exige para o seu carro novo é um jogo de tapetes. O problema é que uma boa parte deles oferece risco à dirigibilidade do veículo -podem travar o acelerador, por exemplo-, conclui estudo da Proteste (associação de defesa do consumidor).
Ao todo, 31 tapetes para carros compactos passaram por avaliações de materiais, de fixação e da forma como podem interferir nos pedais.
Só o modelo genuíno do Citroën C3, o feito de tecido sintético e fixado ao assoalho por presilhas, recebeu nota máxima nesses três itens.
Tapetes de borracha sem antiderrapante foram mal avaliados -custam cerca de R$ 30 no mercado e são ofertados como peça de reposição ou até como brinde na compra de sedãs sofisticados.
Mas a surpresa foi a reprovação dos tapetes originais do Gol e do Uno -coincidentemente os dois carros mais vendidos do país.
A Fiat alega que realiza testes confiáveis antes de avalizar o acessório e que o mesmo deve ser posicionado como indica o manual do veículo, para total segurança.
ONDULAÇÕES
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, arriscados mesmo são os tapetes genéricos, que prometem servir a vários carros. Recortá-los para melhor acomodação ao assoalho é aconselhável, até para que não interfiram nos pedais. Se surgem ondulações -aceleradas pela exposição ao sol-, é sinal de que a peça está comprometida.
Para Dino Lameira, pesquisador da Proteste, o mais seguro é eliminar o tapete do lado do motorista.
"Usar jornal, por exemplo, é ainda pior, pois o barulho da folha ao ser movimentada poderia assustar o condutor, além de que sua superfície lisa não dá firmeza aos pés", alerta o engenheiro.