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Apesar da prestação de serviço ambiental com a reciclagem de uma material contaminante, o mercado da regeneração da borracha ainda precisa ser vista com outros olhos
Carla de Campos
A fabricação de tapetes automotivos representa 70% do volume de produção da empresa Borcol, instalada em Sorocaba e referência na América Latina na tecnologia de regeneração da borracha. Além disso, o pneu é matéria-prima para estrados de borracha, uma espécie de piso ergonômico usado em vestiários de academias, por exemplo. A borracha regenerada serve ainda como parte da composição de solados de calçados fabricados pela Alpargatas e Vulcabrás.
Desde 2004, após a assinatura de um termo de parceria e conduta com a prefeitura e o Ministério Público, a empresa não recebe mais pneus inteiros. A partir de um convênio com a empresa Reciclanip, a Borcol trabalha com o pneu já retalhado. São 70 toneladas por dia de sucata de pneu destinados também para a fabricação de 150 mil jogos de tapetes por mês.
A qualidade dos produtos fabricados pela empresa levam em conta a utilização apenas de pneus de caminhão, que possuem uma densidade de borracha diferenciada além de menor volume de componentes como nylon e aço.
"Os pneus de carros de passeio servem apenas para a indústria cimenteira, que os utilizam como fonte de energia nos fornos", explica o diretor comercial da empresa, Carlos Valente.
Apesar da prestação de serviço ambiental com a reciclagem de uma material contaminante, o mercado da regeneração da borracha ainda precisa ser vista com outros olhos. Para Valente, faltam incentivos, principalmente tributários. "Os pneus que foram jogados fora já sofreram tributação. Quando se transformam em um novo produto, são tributados novamente", analisa.
Por outro lado, os gastos com insumos como mão de obra e energia elétrica, cuja demanda é alta pelo maquinário do setor, também comprometem.