SINDBOR PR

Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha do Estado do Paraná

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Segmento da borracha sofre pressão nos custos

3 de julho de 2011

Leone Farias

As vendas da indústria de artefatos de borracha vêm em expansão, mas o segmento enfrenta pressão crescente nos custos, pela dificuldade de repassar aumentos aos fabricantes de veículos e pela concorrência feroz com itens chineses.

Esse ramo industrial terá expansão no faturamento de 7% a 8% neste ano, estima o presidente do Sindicato da Indústria de Artefatos de Borracha no Estado de São Paulo, Edgar Solano Marreiros. Na região, são 58 empresas do setor, de total de 430 no Estado.

A expansão ocorre principalmente pelo fornecimento de peças como mangueiras, coxins de suspensão e outros itens para o setor automobilístico, que no primeiro semestre registrou 10% de crescimento na comercialização de veículos frente a igual período de 2010. Montadoras e fabricantes de sistemas automotivos são o principal mercado para o setor. Corresponde a 63% das vendas do segmento. O restante é dividido entre atividades como eletroeletrônicos, calçados e construção civil.

Apesar da elevação do mercado, Marreiros cita que muitas indústrias estão deixando de produzir localmente e passam a importar da China, o que reduz o número de empregos na atividade. "Poderíamos ter 15 mil a 20 mil empregos a mais", afirma. Hoje a atividade conta, no País, com 75 mil postos de trabalho.

Os itens chineses entram no País com a vantagem cambial - isso porque o yuan está 40% desvalorizado frente ao dólar, enquanto o real está 20% sobrevalorizado. "Os custos (para a compra desses produtos) são baixíssimos, mas a qualidade é duvidosa", ressalta o dirigente, que tem empresa em Diadema.

Marreiros conta que um antigo cliente (fabricante de sistemas automotivos) entrou em contato, recentemente, pedindo ajuda a fim de repor estoques, porque essa indústria passara a comprar da China e um lote inteiro de peças do fornecedor asiático havia sido rejeitado.

Além da concorrência, há a pressão das montadoras, que não aceitam aumento de custos, segundo o dirigente. "Tivemos dissídio com 9% de reajuste e não conseguimos repassar", diz.

Outro empresário, Nelson Pacheco, comenta que suas vendas aumentaram neste ano entre 15% a 20%. Sua empresa, também de Diadema, fornece peças para veículos comerciais. No entanto, sua lucratividade caiu. "A margem de lucro diminuiu, o setor automotivo exige ganho de produtividade; faz contrato de cinco anos, e exige desconto de 2% a 3% ao ano", cita.

POTENCIAL

Estudo realizado pela consultoria ECM para o Sindibor atesta as dificuldades do segmento, mas aponta que há oportunidades nos próximos anos, com o fornecimento de peças para o segmento do petróleo. "Para a exploração do pré-sal, a indústria da borracha pode ser desenvolvida", afirma o consultor Elcio Morelli.

Para inibir importação, Inmetro exige certificação de autopeças

Como forma de inibir a importação desenfreada, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial tem trabalhado para exigir a certificação compulsória das autopeças no mercado nacional, conforme normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Isso significa que autopeças sem o selo do Inmetro - que comprova adequação a normas na produção e importação - não poderão mais ser comercializadas no País. Segundo o Grupo de Manutenção Automotiva para o mercado da reposição, formado por fabricantes de autopeças, distribuidores, varejo e oficinas, a certificação das autopeças representa avanço e forma de garantir ao consumidor produtos com qualidade comprovada.

Atualmente, os catalisadores, equipamentos que ajudam a reduzir a emissão de gases tóxicos, já cumpriram o prazo de adaptação e devem ser comercializados com o selo do órgão federal.

Rodas, vidros e líquido para freio hidráulico já estão em prazo de adaptação às normas na produção e importação. No fim de 2013, as rodas terão de ser comercializadas com o selo do Inmetro e estarão sujeitas a fiscalização. A exigência do certificado para o líquido de freio começa a valer no início de 2014.

Outros itens que serão avaliados em breve pelo Inmetro são amortecedores da suspensão, bomba elétrica de combustível para motores, terminais de direção, barras de direção, barras de ligação e conjuntos de barras axiais, buzinas, pistões, anéis de pistão, lâmpadas para veículos automotivos e cintos de segurança.

FISCALIZAÇÃO

Recentemente, Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo, autarquia vinculada à Secretaria da Justiça, realizou a Operação Conversor Catalítico para fiscalizar a venda de catalisadores sem o selo do Inmetro em lojas na Grande São Paulo, e autuou oito unidades na Capital.

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    Conduzir bem o negócio faz toda a diferençaSetor da borracha cresce 80% em dez anos