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Setor de pneus enfrenta altos e baixos

Conheça os fatores que estão enfraquecendo o segmento e aqueles que podem reverter a situação

 

clique para ampliar clique para ampliarTabela mostra a evolução da cadeia produtiva de pneus novos no Brasil. (Foto: Sindbor)

O setor de pneumáticos enfrentou fortes danos após a crise financeira que abalou a economia mundial em 2009. Desde então, a luta das empresas - sobretudo as de reforma - para se manterem no mercado tem sido constante. A concorrência desleal dos pneus asiáticos, a alta carga tributária e a falta de regulamentação fizeram com que o setor acendesse o sinal de alerta. Mas, se de um lado vários fatores colaboram para o enfraquecimento do segmento, outros indicam que dias melhores estão por vir. Fazendo uma análise do cenário mercadológico atual, é possível prever o futuro desse setor essencial para a economia e para a indústria nacional.

Um dos principais entraves apontados por empresários, entidades que representam o segmento e especialistas é a alta carga tributária brasileira. O sistema atual tem impedido não só o setor de pneumáticos nacional de se tornar mais competitivo e forte, mas diversos outros segmentos. Em debate sobre a reforma tributária na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, ocorrido em 19 de maio deste ano, o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, advertiu que a pressão competitiva resultante da globalização exige avanços urgentes no desenho de um novo sistema tributário no País.

Segundo Castelo Branco, a "babel tributária" em vigor representa custos que reduzem a competitividade dos produtos brasileiros. "O Brasil não pode ter um sistema tributário tão diferente dos nossos competidores e com tantas disfunções. Existe a necessidade de adequar o País às exigências da integração de mercados", enfatizou. Para o presidente da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Produtos Automotivos (Abidipa), Rinaldo Siqueira Campos, as taxas tributárias colocam o Brasil em uma situação de estagnação frente a outros países. "A carga tributária no País é extremamente ilógica, irracional e antidesenvolvimento. Enquanto isso persistir, o Brasil vai dar um passo para frente, dois para o lado e um para trás, além de continuar reclamando eternamente do desenvolvimento dos outros", analisou.

Além da carga tributária, Campos disse que o setor tem sido prejudicado não pela entrada dos pneus asiáticos, mas pelo contrabando e pelo subfaturamento. "O problema não é a persistente entrada dos pneus asiáticos, e sim o contrabando e o subfaturamento na importação desses componentes, que resultam em uma concorrência desleal com os demais empresários do setor", garantiu.

De acordo com Rinaldo, o protesto constante e veemente seria a melhor forma de reverter essa situação. "É preciso ter uma posição forte e participativa contra o contrabando e o subfaturamento, pois isso tem criado uma enorme dificuldade para as empresas, tanto revendedoras de pneus nacionais quanto as importadoras, que agem dentro da legalidade. Por isso, estamos peregrinando desde julho de 2009 nos gabinetes das autoridades brasileiras denunciando o fato e implorando por providências", ressaltou.

Reflexos no setor de reforma - Além da alta carga tributária, dois outros fatores têm contribuído para impedir a evolução e o fortalecimento do segmento de pneus nos últimos anos: a concorrência desleal dos pneus asiáticos e a falta de regulamentação do setor. Assim, as 1.600 reformadoras de pneus existentes hoje no Brasil estão sofrendo ainda mais esses efeitos negativos.

"Temos uma concorrência muito nociva, principalmente de pneus oriundos da China. Muitas marcas de pneus importados são de qualidade duvidosa, dificultando a reforma, reduzindo consideravelmente o número de pneus a serem reformados no mercado. A média de pneus reformados em relação à venda de pneus novos tem caído espantosamente, fazendo com que o setor de reformas não cresça nos níveis de evolução geral da economia. Por isso, as empresas de menor porte estão com dificuldades para permanecer no mercado", defendeu o presidente da Associação dos Profissionais das Empresas de Recauchutagem de Pneus do Estado do Paraná (Arparaná), Luiz Colombo Júnior.

Colombo Júnior apontou algumas ações que estão sendo feitas pelos empresários e fatores que precisam ser considerados pelo Governo para fortalecer o setor de reforma. "Temos procurado nos modernizar, reduzir custos, certificar e regulamentar o setor. O governo poderia tratar o segmento de reforma como indústria verde. Isso poderia fazer com que os empresários conseguissem benefícios fiscais, créditos com melhores taxas e outros incentivos", ponderou.

O presidente do Sindicato da Indústria de Borracha e da Recauchutagem de Pneus do Estado do Espírito Santo (Sindibores), Rogério Pereira dos Santos, apontou as mudanças que estão acontecendo no País e fez um alerta. "Os empresários precisam entender e se adequar a essas transformações, caso contrário será muito difícil. Não são apenas os setores de reforma e revenda de pneus que estão passando por essa turbulência, vários estão na mesma situação." Rogério acredita em uma solução definitiva para reverter esse quadro. "A total regulamentação do setor ajudaria bastante a mudar o cenário", garantiu.

A regulamentação do setor é, na opinião do presidente do Sindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviços de Reforma de Pneus e Similares do Estado de Minas Gerais (Sindipneus), Paulo César Pereira Bitarães, fundamental para acabar com todos os fatores que, há anos, estão prejudicando o setor. "Nós precisamos que o segmento seja regulamentado o mais rápido possível. Para isso, é necessário que os empresários do ramo assumam a responsabilidade de lutar por essa causa junto com o Sindicato. Somente com o engajamento de empresários dispostos e também entidades que representam o segmento é que conseguiremos essa regulamentação e, assim, combater o que está prejudicando o setor", alertou.

Fonte: Revista Pneus&CiA, cedido pelo Sindbor

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