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Empresários e dirigentes sindicais da indústria da borracha se reuniram, no mês de abril, no Fórum Setorial promovido pela Fiep para debater estratégias conjuntas para o setor. O encontro contou com a presença do presidente do Sindbor, Antonio Claudio Vieira, dos vice-presidentes da Fiep Edson Campagnolo e Rommel Barion, além de representantes de empresas recicladoras de pneus com sede em diversas regiões do Estado.
Entre os principais problemas enfrentados pelo segmento, como explica o presidente do Sindbor, estão a alta carga tributária e a falta de mão de obra. "As altas taxas de juros somadas à elevada carga tributária brasileira e a desvalorização cambial favorecem a entrada de produtos importados no mercado brasileiro, que conseguem vender mais barato", afirma Vieira, que reforça a importância de defender, junto ao Governo, medidas mais favoráveis aos empresários nacionais.
A avaliação do representante do setor produtivo da borracha vai de encontro ao trabalho desenvolvido pela Fiep por meio do Conselho de Assuntos Tributários, coordenado pelo vice-presidente da Federação Edson Campagnolo. "Não há um setor de produtos manufaturados que não sofra hoje com a alta carga tributária. Nós vamos abrir um canal de diálogo com a bancada federal para cobrar intensamente as demandas de cada setor", declarou Campagnolo, que aproveitou o Fórum para convidar um representante do setor da borracha para compor o conselho.
Solução - Uma das soluções propostas durante o Fórum foi a isenção de impostos, uma vez que o setor é composto, principalmente, por empresas de recuperação de pneus. "A indústria da borracha é vista erroneamente como poluidora, quando, na verdade, tem um papel contrário, que é o de evitar o descarte ou a queima de pneus velhos com a recuperação por meio da criogenia, um processo que transforma o pneu usado em matéria-prima para fabricação de novos produtos", destaca Vieira.
O Brasil, segundo Vieira, é o segundo maior mercado de recuperação de pneus do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. "O maior vilão desse mercado é o produto importado provindo de países como China, Índia, Indonésia. São produtos novos, porém de qualidade bastante inferior e durabilidade menor. Mas a facilidade de importação desses produtos atrai os consumidores. É preciso boa vontade política para criar um pacote de medidas que aumentem a competitividade da indústria brasileira", reforça.
Mão de obra - Outro entrave apontado pelos representantes das indústrias de artefatos da borracha também coincide com os demais setores produtivos: a falta de mão de obra capacitada para atender o setor. O Paraná tem cerca de 250 empresas de artefatos de borracha, que empregam cerca de 4,8 mil trabalhadores. "A falta de mão de obra é um problema de todo o setor produtivo brasileiro. No caso da borracha, boa parte da força de trabalho migrou para a construção civil, que vive um momento mais favorável. Isso agravou o problema", ressalta Vieira.
O vice-presidente da Fiep Rommel Barion ressaltou, durante o Fórum, a importância de iniciativas da Federação, por meio do Senai e do Sesi, que podem colaborar com a preparação de mão de obra para o setor. "Temos programado para o próximo semestre cursos de educação a distância e in company para a formação de profissionais para o setor, além de já disponibilizar o Programa de Gestão Avançada (PGA) para a capacitação de gestores do setor por meio da Universidade da Indústria (Unindus)", finaliza.