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Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha do Estado do Paraná

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Carga tributária e concorrência são entraves para a indústria da borracha

Fórum Setorial da Borracha levantou os principais problemas enfrentados pelo setor

O Sindbor fechou o mês de abril com o Fórum Setorial de 2011, que teve o objetivo de avaliar as ações já concretizadas desde a edição anterior, em 2009, e analisar do que o setor ainda necessita. O evento aconteceu durante um almoço na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), e contou com a presença do presidente do Sindicato, Antônio Cláudio Vieira; dos vice-presidentes da Fiep, Edson Luiz Campagnolo e Rommel Barion, além de outros membros da Federação; e dos representantes das principais empresas do setor no Paraná.

clique para ampliar clique para ampliarRepresentantes da indústria da borracha se reuniram para discutir os gargalos do segmento. (Foto: Mauro Frasson)

Para o presidente do Sindbor, Antônio Claudio Vieira, o setor não acompanha o crescimento econômico mundial e a culpa está, principalmente, na alta carga tributária e na falta de mão de obra. "As altas taxas de juros somadas à elevada carga tributária e a desvalorização cambial favorecem a entrada de produtos importados no mercado brasileiro", afirma Vieira. Esse é um dos principais gargalos do setor atualmente. "Há uma grande informalidade nesta indústria e isso prejudica as empresas que desejam trabalhar corretamente", continuou.

O economista da Fiep, Marcelo Alves, salientou a importância do setor da borracha para a economia paranaense, atuando diretamente, inclusive, no setor de transportes, e reafirmou a opinião do presidente do Sindbor."O segmento importa da China porque o custo é mais baixo. Para reverter essa situação, os pontos mais importantes são a capacitação de mão de obra e resolver a questão da carga tributária. O custo do produto chinês chega a ser 30% mais barato que o nacional", afirmou.

O Paraná tem cerca de 250 empresas de artefatos de borracha, que empregam cerca de 4,8 mil trabalhadores. "A falta de mão de obra é um problema de todo o setor produtivo brasileiro. No caso da borracha, boa parte da força de trabalho migrou para a construção civil que vive um momento mais favorável. Isso agravou o problema", ressalta Vieira.
Entre outros problemas foram citadas as mercadorias superfaturadas, problemas com reciclagem, baixa qualidade dos produtos que vêm da China, desburocratização do setor público, formação de agenda única dos setores envolvidos, e maior participação e interatividade das empresas nas entidades representativas.

Soluções - Uma das soluções propostas durante o Fórum foi a isenção de impostos, uma vez que o setor é composto, principalmente, por empresas de recuperação de pneus. "A indústria da borracha é vista erroneamente como poluidora, quando na verdade tem um papel contrário que é o de evitar o descarte ou a queima de pneus velhos com a recuperação por meio da criogenia, um processo que transforma o pneu usado em matéria-prima para fabricação de novos produtos", destaca Vieira.

O Brasil, segundo Vieira, é o segundo maior mercado de recuperação de pneus do mundo. Atrás apenas dos Estados Unidos. "O maior vilão desse mercado é o produto importado provindo de países como China, Índia e Indonésia. São produtos novos, porém, de qualidade bastante inferior e durabilidade menor. Mas a facilidade de importação desses produtos ainda atrai os consumidores. É preciso boa vontade política para criar um pacote de medidas que aumentem a competitividade da indústria brasileira", reforça.

Com relação aos pedidos que já foram atendidos, a Fiep criou uma apostila para um curso profissionalizante de 160 horas e realizou uma ponte com o Senai do Rio Grande do Sul, onde está situado o Centro de Tecnologia em Cilindros (Cetec). Por meio desse contato, as empresas podem encaminhar técnicos para o Sindicato ou grupos podem ser enviados para o Cetec para participarem de treinamento. Além disso, a Federação criou também o Programa de Gestão Avançada (PGA), que realiza consultoria.

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