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São duas as principais tendências do mercado europeu da panificação que não devem demorar para tomar conta das padarias brasileiras: as pequenas porções e as boutiques de pão. As informações são do empresário Gilberto Bordin, que participou da Europain, realizada no mês de março deste ano. Depois de visitar a feira internacional e percorrer as ruas de Paris, conhecendo diversos estabelecimentos de panificação e confeitaria, ele destaca estas duas como as principais tendências do setor.
As boutiques são estabelecimentos que vendem uma seleção variada de produtos, mas todos derivados do pão e da farinha. A diferença desses lugares para as padarias tradicionais está na apresentação dos produtos, que vêm embalados de uma forma bem especial para chamar a atenção do consumidor. “São embalados de uma forma que valoriza o produto, numa embalagem de presente praticamente. As boutiques embalam de uma forma primorosa e isso valoriza muito o produto, agregando valor”, comenta Bordin.
Este tipo de comércio já é comum na França, mas estão surgindo cada vez mais estabelecimentos com este conceito. Bordin acredita que não deve demorar para essa tendência ganhar também os brasileiros. “Nós já vemos algumas [boutiques] por aqui, assim como algumas lojas que só trabalham com pães artesanais, mas isso só acontece em algumas capitais, talvez Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo. São lojas exclusivas de produtos artesanais que são uma cópia real daquilo que existe na França”, diz.
Há uma novidade também na confeitaria. Na França, os produtos são feitos em pequenas porções, destinadas para consumo individual. “Bolos grandes, como a gente vê aqui, você não vê lá. O que se vê são as porções pequenas. Esta é uma tendência que também já chegou no Brasil. Tendo em vista que as famílias estão menores, a pessoa passa na padaria pra tomar o café de manhã cedo, almoça na padaria e à noite passa para pegar uma mini tortinha, um assado ou um bolinho e faz disso o seu jantar”, completa Bordin.
O empresário acredita que essas tendências devem começar a ser trabalhadas nas panificadoras de todo o País. Os brasileiros não estão acostumados com estes formatos, mas é uma questão cultural. Se isso começar a ser introduzido nos estabelecimentos, em breve, passarão a ser uma exigência por parte do consumidor. “Sem dúvida precisamos estar muito atentos a essas tendências. Produtos pequenos vieram para ficar, com certeza. As padarias têm que se adaptar a isso”, afirma.