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Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria do Oeste do Estado do Paraná

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Padarias precisam de mão de obra qualificada

13 de julho de 2011

Região do ABC possui aproximadamente 900 estabelecimentos, que geram 15 mil empregos diretos e 50 mil indiretos, segundo o Sindipan

SÃO BERNARDO DO CAMPO

O setor de panificação no Brasil tem dois grandes problemas para solucionar este ano: a falta de mão de obra e o excesso de tributos para abertura de novas unidades são dois dos problemas encontrados nas sete cidades do ABC. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), Alexandre Pereira Silva, a mesma problemática é encontrada em todas as regiões do País,  não é exclusividade do ABC Paulista. "Hoje, nós temos um déficit no Brasil de  cerca de 3 mil postos de trabalho no ABC. Faltam empregos com qualificação. O setor é um grande empregador do chamado primeiro emprego, mas falta qualificação", diz, e completa: "Encontramos um grande gargalo, que segura o crescimento".

De acordo com os dados do Sindicato das Panificadoras (Sindipan), o ABC hoje conta com 900 padarias, que fazem parte de um dos setores mais promissores da economia local. "A importância econômica das sete cidades juntas também aparece no setor de panificação, porque nelas há cerca de 900 padarias."

Para acompanhar esse crescimento a Padaria Brasileira, a maior rede da região,  ampliou sua  matriz, localizada em Santo André. De acordo com Antônio Henrique Afonso Júnior, um dos sócios da Padaria Brasileira, com a obra a movimentação na unidade deve crescer  20% e  incrementar em 7% o faturamento bruto da rede. "O comportamento das pessoas tem mudado muito nos últimos tempos, e como a participação da mulher no mercado de trabalho está cada vez maior, a alimentação fora de casa tornou-se uma necessidade. Por isso, a Brasileira não pode deixar de acompanhar essa tendência", explica Júnior.

Hoje a Padaria Brasileira conta com quatro unidades próprias e sete unidades franqueadas, e mais de 1.400 produtos diferentes. Seguindo esta linha,  Reinaldo Simões, presidente da rede de Padarias Virgínia, que tem filiais em Mauá e em Rio Grande da Serra, as padarias estão somando valores e agregando novas características para tentar suprir a ausência da mão de obra qualificada. "Passamos a oferecer novos serviços para trazer mais clientes, sem apostar apenas no bom e velho pãozinho", afirmou o executivo, que hoje oferece alguns materiais de higiene, suvenires e refeições.

A padaria Virgínia, que existe há 26 anos, faturou R$ 4 milhões em 2010 e espera chegar a R$ 4,5 milhões este ano. "Estamos estudando a abertura de mais uma unidade este ano, em Ribeirão Pires, o que deverá aumentar  25% os nossos negócios", afirmou.

Sobre os problemas encontrados hoje em dia para a abertura de padarias,   Simões afirmou que as questões tributárias e burocráticas ainda são o principal vilão. "Qualificação nós ainda podemos oferecer com cursos, e especialização, o problema é que com tantos entraves burocráticos e o excesso de taxas não há como preparar novos funcionários."

Tributos

A carga tributária também é considerada um empecilho na opinião de Silva, presidente da Abip, que afirmou estar em processo de negociação com os governos federal e estaduais para tentar desonerar o pão, tirando o produto da base de cálculo do Simples, que é o imposto unificado para micro e pequenas empresas. Segundo informou  Silva, o pão apresentou no ano passado um dos menores índices de aumento de preço  -8%-, enquanto o preço da carne subiu mais de 50%. "Não há nenhuma indicação de aumento acima da inflação para os próximos meses."

De acordo com dados da Abip, o brasileiro consome, em média, 33,5 quilos de pão por habitante ao ano. Embora nos últimos anos  o setor esteja crescendo mais do que outros segmentos, em razão dos serviços diversificados oferecidos pelas padarias e confeitarias, o consumo tem-se mantido estável. "Não estamos conseguindo aumentar o consumo per capita de pão, que está estagnado há quatro anos", disse Silva. Com a desoneração do pão francês, o preço ao consumidor poderá ficar até 5% mais baixo.

O número de empregos do setor cresceu 3,4% no ano passado. Em todo o território nacional, são quase 800 mil os postos de trabalho. A perspectiva é de evolução do quadro de empregos. "Se conseguirmos melhorar a capacitação da mão de obra, poderemos ter um crescimento  do número de empregos", disse Silva.  No ABC o piso salarial de um padeiro fica em torno de R$ 750, e o teto para um confeiteiro é de  R$ 3 mil.

A Padaria São Judas, em São Caetano, nasceu na Vila Mariana, em São Paulo; há quatro anos veio para o ABC, e hoje conta com duas unidades. "Melhoramos nossa perspectiva de crescimento depois que viemos para o ABC", diz Lúcia Maura Pacheco, gerente da padaria. De acordo com a executiva, a concorrência menor no ABC tem atraído muitos negócios. "O ABC tem uma perspectiva de crescimento maior do que a capital, uma vez que são sete cidades juntas, com clima e poder aquisitivo de metrópole  e com mais espaço para  trabalhar", afirmou Pacheco, lembrando que a padaria espera crescer 15% em 2011, e faturar R$ 1,8 milhão.

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