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Importador de trigo, Brasil se torna 9º maior exportador

08 de julho de 2011

Eliane Oliveira

Melhora da qualidade do produto e seca na Europa abrem mercado. Vendas no ano saltam 292%, para US8 milhões

BRASÍLIA. O surpreendente aumento de mais de 290% nas exportações brasileiras de trigo no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período de 2010, registrado pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), reflete uma realidade inusitada vivida pelo país este ano: o Brasil se tornou o nono principal exportador do mundo. E se até 2010 a clientela, liderada por Estados Unidos e Europa, consumia o trigo para ração animal, agora o produto já embarcou para 33 países, a maior parte africana, e sua destinação é o consumo humano.

Devido à devastadora seca que atingiu a Europa no ano passado, o Brasil tomou mercado de Rússia e Ucrânia. Governo e agricultores avaliam que, embora o Brasil continue a ser o terceiro maior importador do produto - incluída a farinha de trigo, é o primeiro -, a melhora na qualidade e na produtividade das lavouras é um caminho sem volta.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, no primeiro semestre de 2011 as exportações de trigo atingiram 2,35 milhões de toneladas (US8 milhões). O salto no valor foi de 292%, graças à boa cotação externa do cereal. Em volume, a alta foi de 105%.

Técnicos afirmam que a expansão das vendas decorreu da maior qualidade do trigo nacional, com o cultivo de variedades para a panificação. Isso se somou à quebra de 36 milhões de toneladas da safra mundial, que propiciou nichos de mercado para os exportadores. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que, até o fim deste mês, quando termina o ano-safra, o Brasil terá exportado 2,5 milhões de toneladas. Para a safra 2011/12, a Conab projeta colheita de 5,4 milhões de toneladas, uma queda de 7,3% frente à anterior.

Esse cenário pode não se repetir com a mesma intensidade na próxima safra, mas deu novo gás aos triticultores, especialmente no Rio Grande do Sul, que responde por mais de 65% da safra. Mas, apesar de 55% do trigo brasileiro, antes considerado de má qualidade, irem para a panificação, o trigo argentino continua melhor.

Hamilton Jardim, coordenador da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, disse que o setor deu uma guinada ao investir no trigo para o pão francês:

- Fizemos o dever de casa. Mudamos a matriz genética, para produzir o que a indústria pede.

Mas a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) quer que os produtores melhorem mais a qualidade do produto. Segundo o presidente do Conselho Deliberativo da entidade, Luiz Martins, o trigo produzido no Rio Grande do Sul é usado, basicamente, para biscoitos.

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