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Estimado Associado,
Dias atrás, lendo um livro do reconhecido físico indiano Amit Goswami, me deparei com um capítulo intitulado “Por que sou moral?”. Esse título me despertou a atenção e me levou a ler e reler esse capítulo, tentando absorver o conhecimento colocado de uma forma tão simples, mas ao mesmo tempo irônica. Como dar forma concreta à ética, à moral e a valores?
Pregar o que não se pratica pode ser perigoso. Todos nós observamos práticas horrendas no mundo sob alegação que estão fazendo para defender valores e princípios.
Uma pequena história sobre Gandhi demonstra, de forma clara, esse conceito:
Certo dia, uma mulher levou a filha à presença de Gandhi com um pedido simples:
- Diga a minha filha para não comer bombons. Isso é ruim para os dentinhos dela. Ela o respeita e obedecerá.
Gandhi, porém, recusou-se a atender o pedido. - Volte dentro de três semanas - respondeu. - Verei o que posso fazer.
Quando a mulher voltou, três semanas depois, acompanhada da filha, Gandhi pôs a menininha em seus joelhos e, suavemente, instruiu-a:
- Não coma bombons. Eles são ruins para seus dentes.
Em seguida, a mãe se retirou com a tímida filha.
Alguns dos auxiliares de Gandhi, confusos perguntaram-lhe:
- O senhor sabia que aquela mulher e a filha tiveram que andar durante horas para vir vê-lo, e as fez andar toda essa distância duas vezes em três semanas. Por que não deu aquele conselho simples, quando elas vieram aqui pela primeira vez?
Gandhi riu e respondeu.
- Há três semanas eu não sabia se eu mesmo podia deixar de comer bombons. Como poderia eu defender um valor se eu mesmo não o praticasse?
No mundo empresarial, nas relações com nossos colaboradores, fornecedores, clientes e parceiros, entendo que devemos defender esse comportamento tão bem demonstrado pela pequena passagem descrita acima. Isso acontece muito em nosso meio.
Forte abraço,
Rommel Barion,
Presidente do Sincabima