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Prezados Associados,
Muito se fala que devemos consumir produtos saudáveis, naturais, sem conservantes, sem glúten e outras argumentações que nos deixam sempre em dúvida de qual decisão devemos tomar para consumirmos os alimentos adequados para a preservação da nossa saúde.
Pouco tempo atrás, o ovo era o “vilão”. Depois passou a ser o “queridinho”. Depois foi a vez do vinho, em seguida do chocolate. Agora, a mira está voltada para o sal e logo em seguida virá o açúcar. Também se critica os edulcorantes, os conservantes, as embalagens e por aí vai.
São modismos ou são desinformações? O ITAL, Instituto de Tecnologia de Alimentos, de Campinas, elaborou um estudo sobre a funcionalidade e a saudabilidade dos alimentos e chegou à conclusão de que a evolução é continua e as indústrias devem estar atentas às tendências de evolução do mercado e dos desejos dos consumidores.
Observamos agora que a inclusão na alimentação dos grãos ancestrais, como kamut, quinos, amaranto, chia, teff, farro e outros, que estão associados a alimentos menos processados, despertam o interesse do consumidor.
De acordo com a empresa americana Oldways, que trabalha para promover a alimentação mais saudável, o apelo para a tradição, que, por vezes, remete ao artesanal, tem se mostrado muito forte, uma vez que os consumidores confiam mais em comidas tradicionais no que naquelas muito processadas.
Produto natural é bom, não resta dúvida. Mas, sem segurança não adianta nada.
A industrialização de alimentos está no nosso meio e veio para ficar. Precisamos, sim, nos adaptar e buscar tecnologias e perceber as oportunidades que temos para melhorar os nossos produtos.
Os modismos vêm e vão, aparecem e desaparecem. Estamos atentos a essas interferências, muitas delas sem qualquer embasamento científico, promovidas por grupos que às vezes se apoiam em informações sem qualquer credibilidade, ou por comportamento de celebridades que tem forte influência na sociedade.
A ABICAB, ABIMABI, ABTRIGO, ABIA e outras instituições representantes das indústrias de alimentos estão se mobilizando para promover uma conscientização da população sobre certos conceitos propagados aos consumidores.
A única certeza que temos, nas pesquisas científicas disponíveis no ITAL, é que nada é certo e conclusivo. Saudável é o consumo consciente e equilibrado. Precisamos do sal, do açúcar, do glúten, do chocolate, do vinho para termos uma vida saudável e indulgente.
O Sincabima pode ajudar as empresas nesse desafio. Temos acesso às principais publicações científicas e institutos de tecnologia, de instituições particulares, governamentais, do Senai e também internacionais. Também influenciamos no trabalho de conscientização, participando ativamente das atividades da ABICAB, ABIMABI, FIEP e SENAI.
Rommel Barion
Presidente