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Para que os industriais conheçam a realidade de outros mercados, aprimorando a sua competitividade, o Centro Internacional
de Negócios (CIN) da Fiep organiza este ano 24 missões comerciais para diversos países. Diante disso,
leva vantagem o empresário que aproveita essas oportunidades e que, principalmente, estabelece um planejamento para
tirar o máximo dessa experiência. Assim aconselha o consultor Jorge Lunardi, ministrante do curso “Feiras
e Missões comerciais: Por Quê, Quando e Como participar”, que será realizado no dia 28 de maio,
no Campus da Indústria.
Gerente do CIN, Janet Castanha Pacheco destaca uma procura crescente pela participação
nas missões. “Sabemos que todos os segmentos da indústria podem se beneficiar participando delas. As missões
geram capacitação, conhecimento e contatos privilegiados, pois todas as portas se abrem para a Fiep no exterior”,
destaca Janet.
Segundo o coordenador do Conselho Temático de Negócios Internacionais e presidente
do Sincabima Fiep, Rommel Barion, a invasão de produtos estrangeiros no Brasil obriga os empresários a abrir
os olhos para o mercado mundial. “As missões dão subsídios para o industrial visitar feiras e fazer
prospecções. Isso fortalece os empresários e estimula a inovação. Hoje se você não
for competitivo no mundo, você também não é competitivo no Brasil”, afirma Barion. Depois
de participar de uma missão na Alemanha, o Sincabima se prepara para visitar, em breve, o Golfo Árabe, adianta
o presidente.
Dúvidas frequentes
O consultor Jorge Lunardi aponta as dúvidas mais frequentes sobre as missões. A primeira se refere aos resultados
obtidos. “Ainda há uma visão de que a feira é mais um passeio onde se ganham brindes, mas nada
se concretiza. Isso só acontece quando o empresário não se prepara adequadamente ou então quando
se criam expectativas enganosas”, diz Lunardi.
Para a missão valer a pena, o consultor aconselha,
em primeiro lugar, planejamento. “Não adianta ir para qualquer feira. O empresário deve buscar o melhor
evento que atenda suas necessidades e deve se preparar para isso. É preciso saber o que vai buscar, quais visitas técnicas
serão feitas e quais materiais serão levados. Se você não escolhe a feira correta e não
se prepara, o risco de não ter sucesso é grande.”
Em relação ao custo-benefício das missões, tudo depende também do planejamento. “Hoje com seis mil dólares é possível participar de uma missão para a China, um valor que não é exagerado, comparado com o que muitos gastam agradando compradores ou expondo produtos em feiras. Se a viagem é bem planejada e se a empresa se prepara para isso, o custo vale a pena”, diz Lunardi.
Benefícios
Além de observar melhor seus concorrentes, um empresário que conhece outro mercado pode identificar novos
fornecedores, parceiros de produção ou representantes. “Mas só identifica essas possibilidades
aquele que faz planejamento prévio”, ressalta o consultor.
Por mais que os resultados normalmente
não venham em curto prazo, as missões podem gerar reflexos determinantes na trajetória de uma empresa.
“Há dois anos, um fabricante de portas do interior do Paraná estava decidido a abandonar sua produção
para se transformar em um representante de produtos chineses, que estavam dominando o mercado. Mas após uma visita
a esse país, ele mudou de ideia e resolveu modificar o seu processo de produção, voltando a ser um grande
produtor de portas.”
A pesquisa por tendências e oportunidades pela internet, segundo Lunardi, muitas vezes traz a ilusão de que
não é preciso sair de casa para se conhecer o mundo. “Mas a internet revela só uma parte das informações.
Para se conhecer uma outra realidade e identificar oportunidades você precisa ir no local e conhecer pessoalmente. É
quando temos grandes surpresas.”
Programe-se
Para estar a par das tendências do mercado, o consultor Jorge Lunardi recomenda que os empresários participem de, no mínimo, duas missões por ano, não necessariamente internacionais. Previamente, é importante que o empresário reserve um fundo para custear as viagens, visto que nem todas são subsidiadas. Este ano, o CIN organiza missões para países como Alemanha, Paraguai, EUA, México, Japão, Itália, Israel, África do Sul, França, Rússia, China e Peru.A expectativa é que, ao longo do ano, cerca de 500 empresários participem dessas ações.
Confira aqui o calendário do CIN.