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O Plano Agrícola e Pecuário foi lançado pelo Governo Federal no início de junho. A boa notícia é que o volume de recursos previstos foi ampliado, para R$ 187,7 bilhões. A má é que os juros estão bem mais caros para o produtor.
De acordo com o Governo Federal, o plano baseia-se no apoio aos médios produtores, garantia de elevado padrão tecnológico, fortalecimento do setor de florestas plantadas, da pecuária leiteira e de corte, melhoria do seguro rural e sustentação de preços aos produtores por meio da Política de Garantia de Preços Mínimos.
O limite de financiamento de custeio, por produtor, também foi ampliado de R$ 1,1 milhão para R$ 1,2 milhão, enquanto o destinado à comercialização passou de R$ 2,2 milhões para R$ 2,4 milhões. No Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), o limite de financiamento é diferenciado, sendo de R$ 710 mil por agricultor na modalidade custeio.
As taxas de juros anuais para a safra 2015/2016 serão de 8,75% para os empréstimos de custeio. Para os programas de investimentos, a taxa vai variar de 7% a 10,5% ao ano. Na safra 2014/2015, a taxa média de juros para o setor foi 6,5%. Para os produtores beneficiados pelo Pronamp, os juros serão de 7,75% ao ano para custeio e 7,5% ao ano para investimentos.
O diretor do SIMP Ivo Pierin avalia que o plano traz um reconhecimento da importância da agropecuária para a economia nacional, mas deveria rever a taxa de juros.
“A alta de juros é um fator preocupante porque a agropecuária é de baixa rentabilidade e isso acaba onerando demais a cadeia. Na agricultura, a inflação não é fator de correção dos valores dos produtos agrícolas, que são regulados muito mais pela oferta no mercado. Portanto, se há excedente de produção, há preços mais baixos”, alertou.
Segundo ele, a produção de mandioca é um exemplo. Neste momento há excesso da raiz no mercado e seriam necessárias intervenções governamentais como as aquisições diretas e a revisão dos preços mínimos do produto, que deve ser divulgada em breve.
Com informações da Agência Brasil