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Produção de fécula é a maior em 12 anos, diz Cepea

Valor Bruto da Produção atinge recorde real em 2014, mesmo com preços menores

clique para ampliarVolume total produzido foi de 645 mil toneladas. (Foto: Reprodução)

Em 2014, o Valor Bruto da Produção (VBP) de fécula atingiu o recorde real - estabelecido anteriormente em 2003 -, mesmo com os preços do derivado em queda na comparação com o ano anterior. O volume total produzido em 2014 foi de 645 mil toneladas. Embora tenha ocorrido aumento na produção, o que impulsionou a ampliação do processamento do derivado, a comercialização não acompanhou esse crescimento, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, que realizou o estudo em parceria com a Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (Abam).

Dados do IBGE apontam que a oferta nacional de mandioca cresceu 7,5% em 2014, o que levou ao aumento de 36% no processamento na indústria de fécula. Nesse ano, foram recebidas pelas fecularias cerca de 2,3 milhões de toneladas de matéria-prima, 19,7% a mais que em 2013.

De acordo com o Cepea, o valor bruto da produção da indústria brasileira no segmento foi de R$ 1,09 bilhão. Isto considerando o preço médio anual da fécula em 2014 nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, de R$ 1.700,50 por tonelada. Em termos reais, este VBP significa o maior da série histórica do Cepea, iniciada em 2002.

Com maior oferta de raiz, os preços da matéria-prima caíram e, com isso, também os da fécula. Na média dos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, o preço nominal, a prazo, da tonelada de mandioca posta fecularia em 2014 foi de R$ 286,35 (R$ 0,4980/g de amido), recuo de 25% na comparação com o ano anterior. Também nestes estados, os valores da fécula cederam 20%, com a tonelada custando R$ 1.700,50. Com a desvalorização da fécula menor que a da raiz, a relação entre os valores se elevou para 5,94, após quatro anos consecutivos de queda.

Perspectiva

A perspectiva é de que neste ano a produção brasileira de mandioca deve aumentar novamente em 2015, para 24,2 milhões de toneladas, crescimento de 5,1% frente ao obtido em 2014, segundo dados do IBGE. Com maior disponibilidade de matéria-prima, pode também haver elevação na produção de fécula.

Dados do Cepea indicam que, no primeiro trimestre deste ano, já foram processadas 516,3 mil toneladas de mandioca, aumento de 1,6% frente a igual período de 2014. No mesmo período, o total de fécula produzido foi de 136,06 mil toneladas, 4% a mais que em igual comparação. Segundo pesquisadores do Centro, as pesquisas de campo apontam que, em 2015, deve haver crescimento expressivo na produção de fécula. O Paraná concentra 64,9% dessa capacidade produtiva, seguido por Mato Grosso do Sul (21,6% do total), São Paulo (8,8%), Santa Catarina (2,5%), Bahia (1,1%) e Pará (1,1%).

Caso a demanda não acompanhe o aumento da oferta, os preços da fécula devem continuar em queda. Por outro lado, pode ser fator de atratividade para os segmentos consumidores, pois o derivado da mandioca tende a ficar mais competitivo frente a outros amidos, principalmente o de milho. Embora as exportações de fécula brasileira representem somente 0,5% do total comercializado, com esse cenário, espera-se que vendedores busquem novos mercados.

Do lado agrícola, os menores preços da raiz devem influenciar na redução da área a ser plantada em 2015, que já sinaliza ser menor em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Esse cenário poderia, então, afetar a disponibilidade de matéria-prima a partir de 2016, resultando em novas oscilações expressivas de preços, o que é prejudicial ao setor como um todo.

Com informações do Cepea (Esalq/USP)

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